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Corolla Cross resolve último grande problema na linha 2026; veja o que muda

Na semana passada, contei a vocês que o Toyota Corolla Cross não apenas foi o SUV médio mais vendido em fevereiro, mas também conquistou a vice-liderança de todo o segmento de utilitários-esportivos, superando quase todos os compactos e subcompactos - ficou atrás apenas do Volkswagen T-Cross. Coincidência ou não, em janeiro o modelo chegou à linha 2026 solucionando o último grande problema que faltava - ao menos, para o dia a dia da média do consumidor.

O carro manteve a suspensão traseira por eixo de torção, o que faz qualquer entusiasta querer desmaiar - considerando que estamos falando de um SUV médio, mais sofisticado que os compactos. Porém, fora dessa bolha, pergunte ao consumidor médio se ele sabe a diferença entre esse sistema e o independente.

A verdade é que isso não faz diferença no dia a dia da maioria - embora seja um absurdo não presente em nenhum concorrente direto, todos com suspensão traseira independente.

E a marmita? Esse é o apelido que o brasileiro deu ao abafador de escape do Corolla Cross, que passa a aparência de estar pendurado embaixo do carro, na traseira. A estética realmente não é legal, mas fala sério: você acha mesmo que alguém vai deixar de comprar o produto por causa disso?

Para a linha 2026, há uma nova central multimídia e todas as entradas USB passam a ser do tipo C. Isso é importante? Talvez seja a coisa mais importante para o consumidor padrão, pois se trata de um sistema que, de fato, faz toda a diferença no dia a dia.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Adiante, falaremos mais sobre esse Corolla Cross mais conectado. Antes, é preciso ressaltar que desde a linha 2025, lançada em abril do ano passado, o SUV da Toyota vem buscando se aprimorar. Ali, resolveu questões que eram muito criticadas, como o freio de estacionamento por pedal - substituído por um elétrico.

Adaptando-se aos poucos ao gosto do consumidor, o Corolla Cross vem ganhando espaço no mercado. Sucesso ele é desde que foi lançado (em 2021). Mas em 2024, desafiou o Compass no ranking de vendas até o último mês do ano pela liderança dos SUVs médios (que acabou não conseguindo obter). Vale ressaltar que o Jeep é insuperável desde que foi lançado (o que valoriza o feito do Toyota).

Em 2025, com o reforço da conectividade, o Corolla Cross tem tudo para finalmente superar o poderoso Compass. E, talvez, como fevereiro deixou claro, até brigar pelo posto de utilitário-esportivo mais emplacado do Brasil.

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A nova central multimídia

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

A tela da central multimídia do Corolla Cross agora tem 10" (antes eram 9") e é flutuante, como a do Compass. Sabe aquele estilo TV de tubo que o sistema tinha? Perdeu, embora o monitor ainda tenha bordas mais grossas do que o necessário.

Estética à parte, essa nova central multimídia traz Android Auto e Apple CarPlay sem fio e é fácil de usar. Intuitiva e com grafismos limpos, é também rápida na execução da maioria das funções.

Nas três versões mais caras (veja abaixo a lista), o carro traz agora um sistema de câmeras 360, com vista aérea. A tecnologia, embora tenha imagens não muito nítidas à noite, e em outras condições de pouca iluminação, é importante para a segurança em manobras de estacionamento e até no trânsito.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL
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Mais que isso: é algo que os Compass produzidos no Brasil não têm (o recurso é oferecido apenas no híbrido 4xe, importado). Outra novidade é a conectividade. Agora, por meio de app no smartphone, o proprietário pode checar informações do carro e rastreá-lo, entre outras funções.

Agora, me diga aí: você acha que suspensão independente na traseira e modificações no abafador de escape resultariam em aumento de vendas significativo para o Corolla Cross? Provavelmente não. Multimídia e conectividade? Com certeza.

Destaques

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

A versão cujas fotos você vê nesta página, testada por esta colunista, é a XRX Premium Hybrid, topo de linha. Na linha 2026, passa a ser a única híbrida da linha, já que a XRV deixou de ser oferecida. O Corolla Cross tem outras quatro opções, todas flex.

Não é à toa que, em fevereiro, os exemplares com tecnologia híbrida representaram apenas 15% dos emplacamentos do SUV da Toyota. O Corolla Cross XRX Hybrid combina motor 1.8 flex com dois elétricos, totalizando 122 cv de potência. A montadora não divulga o torque combinado - o do 1.8 a combustão, aspirado, é de apenas 14,5 kgfm.

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O Corolla Cross híbrido anda bem? Não anda não. Ele é lento para responder, principalmente no início da aceleração. De 0 a 100 km/h, acelera em 13 segundos. Por tudo isso, é um modelo ideal para quem roda muito na cidade. Até porque é em ciclo urbano que ele obtém seu melhor consumo - afinal, a bateria é recarregada por meio de energia de frenagem e desaceleração.

Rodando no dia a dia da cidade, cheguei a fazer 19,6 km/l de gasolina, um número impressionante. Não é à toa que a autonomia urbana pode passar dos 600 km. A suspensão por eixo de torção também não chega a incomodar no cotidiano. Ela filtra bem os impactos com pisos imperfeitos. Seria melhor com independente atrás? Seria.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Mas o Corolla Cross híbrido, então, não é carro para estrada? Dá para usar, principalmente no caso daqueles que rodam em rodovias de pista dupla. Nas simples, a situação fica mais complicada, pois pode haver dificuldade na hora das ultrapassagens. Nesse caso, portanto, o ideal é o modelo com tecnologia flex.

Entre os pontos positivos do Corolla Cross híbrido, além da autonomia e economia de combustível, estão o acabamento bem feito e o espaço interno bom para duas pessoas. O sistema de som não é assinado, mas surpreende pela qualidade. Já o porta-malas não impressiona para um SUV médio. O compartimento tem bons 440 litros, mas na prática, deixa a desejar.

A versão mais em conta do Corolla Cross, XR, tem preço para lá de competitivo: R$ 170.990. A XRE sai por R$ 187.290 e a XRX flex, a R$ 203.690. Há ainda a GR Sport, com apelo visual esportivo e tabela de R$ 210.190. A XRX Premium híbrida custa R$ 219.890.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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