Carros GGG: por que BMW X7 é o melhor SUV de 7 lugares de luxo do Brasil
No segmento de luxo, existe uma categoria de SUVs além dos grandalhões X5, Q7, GLE, Cayenne, XC90 e Range Rover Sport. São aqueles que podemos chamar aqui, informalmente, de carros GGG. Têm mais de 5 metros de comprimento e se destacam por imensos porta-malas e, em alguns casos, sete lugares.
São também os produtos topo da linha de SUVs de suas marcas. E, como aqui estamos falando de montadoras premium, podemos chamar a categoria desses modelos de superluxo. O X7 se enquadra em tudo isso.
O SUV topo de linha da BMW voltou ao Brasil reestilizado e com mais tecnologia. É oferecido na versão M60i, que não é híbrida - ao menos, não literalmente. Pelo contrário: traz motor V8 para lá de barulhento. Nesse aspecto, é carro familiar para quem gosta de dirigir e aprecia o tradicional conceito de automóvel.
Por R$ 1,2 milhão, ocupa o topo da gama BMW, ao lado do i7 - a versão elétrica do Série 7 e única trazida ao Brasil pela marca. Custa cerca de R$ 121 mil menos que o sedã. O que perde? Além da tecnologia EV, o cinema a bordo que os passageiros de trás do carro a eletricidade têm.
O que ganha? Prazer de dirigir de um autêntico BMW. Aliás, o SUV tem muito mais dirigibilidade típica da marca alemã que o sedã, que é um carro muito mais focado nos passageiros que no motorista.
Quanto aos concorrentes, tradicionalmente o maior rival do X7 é um modelo Mercedes-Benz, o GLS. Mas este só é vendido no Brasil na versão 450, que é seis-cilindros de 367 cv. Custa R$ 980 mil, mas é uma configuração bem abaixo da M60i, com seus V8 biturbo de 530 cv.
A potência de 530 cv, aliás, é a mesma das versões a gasolina de outro SUV GGG, o Range Rover. O britânico sai por R$ 95 mil a mais que o X7 em sua versão mais simples. Na mais luxuosa, custa quase R$ 550 mil a mais. Só que não vem ao Brasil em configuração de sete lugares - portanto, é aproximadamente 10 cm menor.
Por que é o melhor sete lugares
Commander, Tiguan, Tiggo 8, Hilux SW4, Trailblazer, Pajero Sport: o que esses modelos têm em comum? São SUVs de sete lugares, mas que mal levam crianças na terceira fileira. Isso não ocorre com o X7: nessa parte do carro, dois adultos viajam com conforto.
Basta que os ocupantes da segunda fileira levem os bancos para a frente - estes rolam sobre trilhos e seus comandos são elétricos. Em nenhuma hipótese, eles terão desconforto, pois mesmo quando estão na posição mais próxima dos da primeira fila, ainda há muito espaço para as pernas.
Afinal, estamos falando de um carro com 5,18 metros de comprimento e mais de 3 m de entre-eixos. Sete pessoas vão, de fato, muito bem acomodadas. E todo o comando dos bancos da segunda e terceira filas é elétrico.
Ainda assim, o único ponto negativo é o acesso à terceira fileira. De resto, os ocupantes dessa parte do carro têm, além de espaço, bancos confortáveis e encosto com boa inclinação, porta-copos e entradas USB. Há até um teto de vidro - com cortina que abre eletricamente.
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Quero receberOutro destaque fica por conta da zona de ar-condicionado exclusiva para quem vai na última fila. Podem ser ajustados digitalmente temperatura, velocidade e direcionamento. Na segunda fileira, há outras duas zonas, além da dupla da parte da frente.
Portanto, o ar-condicionado do X7 é de cinco zonas. Além do teto da terceira seção, há o panorâmico nas duas primeiras fileiras da cabine. A parte da frente abre. Outro destaque: a peça traz desenho que simula céu estrelado, para que os ocupantes possam curtir o visual à noite.
Mesmo com sete pessoas na cabine, o porta-malas do X7 pode levar mais de 300 litros de bagagem, uma ótima capacidade. Sem a terceira fileira em uso, a capacidade supera os 700 litros. E é por tudo isso que este é o melhor SUV para quem quer levar sete.
Mas e o GLS? O Mercedes-Benz oferece tanta flexibilidade quanto o X7 para quem viaja na terceira fila, e com acesso melhor. Só que, além de vir em uma versão de motor inferior, já está um pouco defasado, às vésperas de uma atualização.
O que mudou
Por fora, o X7 passou por reestilização para ficar mais próximo do outro superluxuoso da BMW, o Série 7. Assim, traz farol com conjunto principal na parte de baixo e os de uso diurno em cima, bem finos. Estes brilham como cristais.
A grade grande é escurecida e o para-choque dianteiro da versão M60 é mais encorpado. Há vários adesivos da M, já que o visual é assinado pela divisão de preparação da BMW. As rodas são de 22 polegadas, em pneus 275/40. Atrás, há saídas de escape duplas dos dois lados.
O interior traz o novo padrão da BMW, com telas integradas para painel digital configurável (12,3") e multimídia (14,9"). O carro abriu mão de alguns botões, mas mantém outros, no console central. Alguns deles são de cristal, como no i7 e no SUV também elétrico IX.
O acabamento utiliza couro premium, alumínio e Black Piano, e a cabine traz vários partes com iluminação personalizável. Os bancos dianteiros têm aquecimento, resfriamento e vários programas de massagem.
Tecnologia e desempenho
O 4.4 V8 tem 530 cv e 76,5 kgfm de torque. Traz bateria de 48V que alimenta um pequeno motor elétrico para ajudar a reduzir as emissões. Esse propulsor não é capaz de movimentar as rodas. O câmbio é automático de oito marchas e a tração, 4x4.
O X7 acelera forte e de maneira linear, mantendo a carroceria firme mesmo quando o motorista pressiona forte o pedal do acelerador. No modo esportivo de condução, o motor ronca bonito, e há barulho também nas mudanças de marcha.
Esse modo também atua na suspensão (que é adaptativa) e direção. Esse conjunto é capaz de nos convencer, mesmo em curvas, que estamos ao volante de um modelo com muito menos que 1,80 m de altura. Isso porque o X7 tem aquela estabilidade típica dos BMW.
Mas não se engane: 1,80 m de altura não é brincadeira. 2.568 kg também não. Em alta velocidade, sentimos a carroceria balançando um pouco, e aí nos lembramos de que estamos a bordo de um SUV de dimensões GGG. Um SUV BMW, mas um BMW grande e alto.
O X7 tem tecnologias como Park Assist e sistema de estacionamento reverso (para manobras em ré). O eixo traseiro é esterçante: em alta velocidade, contribui para a estabilidade. Em baixa, para as manobras de estacionamento.
Tudo isso é muito bem-vindo em SUV grande, alto e largo, que tem ainda câmeras 360 com função 3D. Outra tecnologia de destaque é a câmera dianteira que projeta imagens no painel de instrumentos. Além de contribuir com a melhoria da visibilidade noturna, promove tecnologia de realidade aumentada para o sistema semiautônomo de condução e o navegador GPS.
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