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Toyota Corolla Cross vale investimento? O que novo SUV tem de melhor e pior
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O Toyota Corolla Cross é um dos principais lançamentos deste ano. Desde 2016, quando foi lançado no Brasil, o Jeep Compass nunca teve adversário à altura. Isso até a chegada do SUV do Corolla.
Já foram lançados desde 2016 diversos SUVs médios no mercado, como o Volkswagen Tiguan e o Caoa Chery Tiggo 8. Eles até registraram boas vendas para a categoria, mas nunca nem se aproximaram do Compass.
O Corolla Cross conseguiu essa proeza. Em poucos meses de mercado, mostrou-se um rival à altura, ainda que, de fato, nunca tenha superado o Jeep em vendas.
Mas o que o Corolla Cross tem de tão especial? Em primeiro lugar, é um Toyota. A marca, com sua fama de fabricar carros inquebráveis e ter uma excelente rede de pós-venda, é cultuada por muitos consumidores. Eles não abrem mão de ter modelos da montadora, ou sonham em ter um.
Além da aura da Toyota e toda a boa reputação que a marca tem, há um produto como qualquer outro, com pontos positivos e negativos, que são evidenciados quando comparamos o SUV com a concorrência. Além do Compass, o Corolla Cross tem outro forte rival: o Taos.
O Volkswagen também foi lançado este ano e, apesar de ainda não ter obtido vendas tão volumosas, cresce mês a mês e é o terceiro mais emplacado do segmento de SUVs médios - atrás do Jeep e do Toyota, respectivamente. Aqui, listo o que o Corolla Cross tem de pior e de melhor. A versão testada é a topo de linha, XRX Hybrid.
Pontos positivos
O Corolla Cross tem duas grandes surpresas: o espaço interno e o porta-malas. No papel, são 2,64 metros de entre-eixos e 440 litros no compartimento de bagagem, números que estão na média - e, dependendo da comparação, até abaixo - dos modelos do segmento.
No banco de trás, chama a atenção o assoalho quase plano. O túnel central tem uma leve elevação, mas o passageiro do meio não chega a ficar com as pernas para cima. Ou seja: entre os três modelos mais vendidos da categoria, ele é o com maior aptidão para acomodar três pessoas com conforto.
Além disso, entre Corolla Cross, Compass e Taos, o Toyota é o único com duas entradas USB para recarga de aparelhos eletrônicos atrás - os demais têm uma. Já o porta-malas acomoda pelo menos quatro malas médias, de 23 kg, e tem tampa superior bem acabada e fácil de remover - diferentemente da dos rivais.
O acabamento não chama a atenção pela modernidade, mas é muito bem feito, com uso de materiais de qualidade e muitas superfícies emborrachadas. Outro destaque fica por conta de tecnologias como leitor de faixas e controlador de velocidade adaptativo. A câmera de ré tem boa nitidez na maior parte das situações e dois modos de visualização - aberta e fechada.
O design é desses que não divide opiniões; no geral, é muito bonito, com faróis full-LEDs e uma grade chamativa, escurecida na versão XRX. As rodas de 17" também têm um belo desenho, e as lanternas são tridimensionais.
O maior destaque do Corolla Cross é o consumo. Nesse ponto, vale destacar que é SUV híbrido mais em conta do Brasil (veja preços abaixo). Com etanol, na cidade, fez até 12 km/l. A autonomia passa dos 500 km. O carro também tem rodar confortável sem comprometer as respostas da direção e a boa estabilidade em curvas.
Pontos negativos
O abafador de escape do Corolla Cross tem gerado muitas polêmicas. Grande e bem exposto, é o ponto baixo do design do SUV brasileiro da Toyota. E, se o porta-malas surpreende, a ausência de abertura elétrica do compartimento decepciona.
O Taos também não tem essa tecnologia, mas o Compass a oferece nas versões mais caras. A tela da central multimídia tem design bem defasado, com botões feios ao redor. Parece uma TV de tubo. Apesar disso, o sistema rápido e fácil de usar.
E, se atrás há duas entradas USB, o carro fica devendo nesse aspecto para quem viaja na frente. Há apenas uma. Além disso, o Corolla Cross XRX não tem carregador de smartphones por indução (sem fio).
O painel de instrumentos é digital, mas sem possibilidades de personalização, algo que é oferecido nas versões mais caras de Taos e Compass. O freio de estacionamento não é elétrico. É acionado com o pé, por meio de um pedal do lado esquerdo - como em picapes mais antigas.
Outra aspecto em que o Corolla Cross fica devendo ante a concorrência é a suspensão. A traseira é por eixo de torção, enquanto a dos rivais é independente. Mas o principal problema está no desempenho. O Toyota tem 122 cv e 16,6 mkgf combinados (entregues pelo motor 1.8 flexível e o elétrico).
Os números são baixos, e o SUV deixa a desejar na hora de acelerar e fazer retomadas. São mais de 12 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h.
Preços
Os preços do SUV estão na média da categoria. A versão de entrada, aliás, tem um valor bem competitivo. São R$ 150.290 pela XR, que tem motor 2.0 flexível. Também com esse propulsor, há a XRE, por R$ 160.990.
A Toyota optou por dar às versões mais equipadas o conjunto híbrido. A XRV sai por R$ 185.790 e a XRX, por R$ 193.390. No site da marca, ainda aparece a versão de lançamento Special Edition, a R$ 197.490.
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