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Teste dos porta-malas: veja a comparação entre SUVs compactos mais vendidos

Colunista do UOL

24/08/2020 04h00

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O segmento de SUVs compactos é o que teve mais lançamentos nos últimos anos. Só em 2020, já vieram a nova geração do Tracker, o inédito Nivus e o Duster reestilizado. Por terem forte apelo familiar, espaço interno e porta-malas são fatores sempre levados em consideração pelo cliente desses carros.

As montadoras divulgam as capacidades do porta-malas, mas nem sempre ela são condizentes com a realidade. Fatores como altura, largura, profundidade, ângulo de abertura das portas e presença ou não de vincos invadindo o compartimento são determinantes para a acomodação da bagagem.

Por causa deles, porta-malas de mesma capacidade podem acomodar mais ou menos malas e objetos. Há também casos de um compartimento com volume declarado superior ser menos versátil que um de capacidade inferior.

Neste teste, feito por mim e a jornalista Anelisa Lopes, reunimos nove SUVs compactos e elaboramos um ranking, do pior ao melhor. Um deles é o mais recente do mercado, o Volkswagen Nivus. Os demais são os oito mais emplacados do Brasil em 2020: Volkswagen T-Cross, Jeep Renegade, Chevrolet Tracker, Hyundai Creta, Nissan Kicks, Honda HR-V, Renault Duster e Ford EcoSport.

Para todos os SUVs compactos, foram consideradas as versões com o maior porta-malas. Ou seja, no caso do T-Cross, sem o opcional de sistema de som Beats, cujo subwoofer ocupa espaço destinado nas demais configurações à bagagem.

Do HR-V, o Touring tem porta-malas menor que o das demais, por causa das saídas duplas de escape. Por isso, ele não aparece no vídeo acima. A opção do Honda que havia no arquivo de testes era a topo de linha, que representa apenas 5% das vendas.

Mas, para esta reportagem na coluna, consegui testar também o porta-malas do HR-V EX, de 420 litros. Por isso, apesar de não estar no vídeo, o Honda aparece no ranking que você vai conferir abaixo.

Metodologia

Para chegar ao ranking, usamos uma regra. O objetivo era acomodar, no meu caso, duas malas de médio para grandes, uma pequena e duas mochilas, uma grande e uma pequena. A Anelisa usou malas de tamanho equivalente às minhas.

Porém, em vez das duas mochilas, utilizou um carrinho de bebê. Na hora do desempate, esse objeto teve peso levemente superior ao das malas médias/grandes. Por causa das rodas, ele é mais difícil de acomodar no porta-malas.

Além da quantidade de bagagem possível de colocar em cada porta-malas, avaliamos também a facilidade de acomodação e quanto espaço sobrou após o compartimento receber todos os objetos possíveis.

9º lugar - Ford EcoSport - 356 litros

O modelo não foi capaz de receber duas malas, independente do tamanho, e o carrinho de bebê. No porta-malas do Ford, vão duas malas de médias para grandes, ou apenas uma delas e o carrinho - sem possibilidade, nesse caso, de colocar uma pequena.

8º lugar - Jeep Renegade - 323 litros

Duelo Ford EcoSport Freestyle X Jeep Renegade Longitude - Murilo Góes/UOL - Murilo Góes/UOL
Imagem: Murilo Góes/UOL

Na mudança efetuada no Renegade em 2018, ao colocar estepe temporário na maioria das versões - exceto a Trailhawk, a Jeep conseguiu um ganho significativo. O porta-malas cresceu em capacidade, pois ficou mais alto.

Com isso, mesmo com capacidade declarada inferior à do EcoSport, conseguiu levar um pouco mais de bagagem. Dá para levar, mesmo que bem no limite, uma mala de média para grande, uma pequena, uma frasqueira e um carrinho.

Foi preciso tirar a tampa de proteção, mas não houve comprometimento à visibilidade do motorista.

7º lugar - Chevrolet Tracker - 393 litros

Falta extensão no comprimento do porta-malas, mas ele é alto. Assim, deu para colocar duas malas de médias para grande, uma pequena e uma mochila. Poderia ter sido um empate com o Renegade, mas o Chevrolet levou algumas vantagens.

Não foi preciso tirar a tampa de proteção e sobrou espaço para mais uma mochila (do mesmo tamanho da que consegui acomodar). Não ficou no limite, como o do Jeep.

6º lugar - Volkswagen T-Cross - 373 litros

A capacidade original do T-Cross o colocaria nas últimas posições desse ranking. Mas ele tem um segredinho que muda tudo. Dois, na verdade. Dá para deixar o assoalho mais fundo e os bancos de trás, mais verticais - em uma operação bem simples.

Com isso, a capacidade do porta-malas aumenta para 420 litros. Coube o mesmo volume de bagagem colocado no Tracker, mas sobrou um espaço bem mais generoso.

5º lugar - Volkswagen Nivus - 415 litros

O porta-malas é uma das boas coisas que o novo SUV tem. Por não ter muitos vincos que invadem o compartimento, ele acaba ficando mais largo que o da maioria. Dessa forma, deu para acomodar a mochila pequena, as três malas e ainda sobrou muito espaço.

Daria para colocar a mochila grande (que não estava comigo no dia) e até uma segunda mala pequena. Isso porque as duas malas médias/grandes puderam ser acomodadas deitadas, o que deixou mais espaço acima delas.

4º lugar - Hyundai Creta - 431 litros

É uma das melhores capacidades da categoria, então não houve espanto com o volume de bagagem que coube. Acomodou-se uma mala de média para grande, uma média, o carrinho e ainda sobrou espaço.

3º lugar - Nissan Kicks - 432 litros

Novo Nissan Kicks 4 - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

A capacidade é praticamente a mesma do Creta. A diferença é que o Nissan acomodou um pouco mais de bagagem. Além disso, sobrou mais espaço.

2º lugar - Honda HR-V - 437 litros

A versão EX, incluída neste teste, fez bonito. Mesmo com quase 40 litros de desvantagem para o Renault Duster, na prática é muito semelhante. Deu para acomodar as três malas e duas mochilas, e ainda sobrou espaço. Só que no Renault sobrou um pouco mais.

1º lugar - Renault Duster - 475 litros

Com toda essa capacidade, não haveria como ser diferente. No Duster, coube todas as malas e mochilas. E ainda sobrou espaço para acomodar pelo menos umas três mochilas. Talvez, até mais uma mala pequena.