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Bike na rua: como eu economizei R$ 300 nos dois primeiros meses de 2020

Minha bike aro 29 usada nas ruas de São Paulo: bom para a minha saúde e também para as finanças - Diego Salgado/UOL
Minha bike aro 29 usada nas ruas de São Paulo: bom para a minha saúde e também para as finanças Imagem: Diego Salgado/UOL

04/03/2020 04h00

Pedalo há tempos pela cidade de São Paulo, mas, recentemente, estipulei uma meta ousada: usar a bicicleta o máximo de vezes possível em 2020, como forma de protesto contra o valor das passagens de ônibus e metrô, que saltaram de R$ 4,30 para R$ 4,40 em janeiro. O resultado foi sentido no bolso, sobretudo, além do tempo ganho e da saúde em dia.

Em janeiro e fevereiro, consegui fazer 68 trajetos da minha residência, no bairro do Butantã, à redação da Folha/UOL, no centro de São Paulo. A distância é de 11 quilômetros. Dessa forma, cheguei bem perto da marca de 750 quilômetros percorridos nos primeiros 60 dias do ano.

Se eu utilizasse o metrô nos dias em que recorri à bicicleta, o meu gasto seria de R$ 299,20. A bicicleta ainda é mais rápida. O trajeto é feito em 30 minutos, aproximadamente. No metrô, incluindo os deslocamentos a pé, eu levava 45 minutos até o trabalho.

Ainda há espaço para melhorar, pois utilizei a bike em 17 dias de cada mês, em média - janeiro teve 22 dias úteis, e fevereiro, 20. Nessa toada, eu busco a seguinte marca: pouco mais de 4.000 mil quilômetros percorridos somente na cidade de São Paulo e pelo menos R$ 1,6 mil de economia. Os gastos com transporte público continuarão nulos.

Para alcançar a meta nos últimos dois meses, tive de lidar com algumas adversidades. Sofri com as chuvas que caíram sobre a capital paulista, mas coloquei em prática algumas ações que minimizam as condições climáticas, como contei em um texto publicado no início do anos. Daqui em diante, a quantidade de chuva vai diminuir. As pedaladas serão mais tranquilas.

Entre abril e metade do mês de maio, os trajetos por São Paulo serão interrompidos. Será por uma boa causa, entretanto. No dia 4 de abril, iniciarei minha terceira cicloviagem pelo mundo. Depois da América do Sul (Porto Alegre-Santiago) e Europa (Barcelona-Amsterdã), eu vou atravessar a Nova Zelândia em 32 dias, de Cabo Reinga, ao norte, a Bluff, no extremo sul. A aventura será narrada nesta coluna.