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Carros batem recorde de economia, mas público prefere os mais beberrões
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Uma análise da Bright Consulting mostra que, em março de 2022, os quatro principais segmentos de veículos à venda no país atingiram um nível recorde de eficiência energética. Os hatchbacks tiveram um avanço de economia de combustível de 9,4% desde 2015, sedans, 13,7%, SUVs, 15% e, picapes, 10,2%. Apesar do desempenho exemplar, a frota brasileira não está ficando mais econômica com a mesma velocidade, já que, nos últimos anos, o público tem optado por carros que consomem mais.
De acordo com Murilo Briganti, da Bright Consulting, a mudança de comportamento do consumidor explica o cenário: em sete anos, a participação dos SUVs no mercado mais do que dobrou. Também houve um avanço nas vendas de picapes médias, enquanto as vendas de sedãs e hatches - carros menores e mais econômicos - encolheram. Para se ter uma ideia, os hatches já representaram mais da metade do mercado, e hoje são apenas 23%.
"A forte mudança de mix nas vendas dos hatches e sedãs, que detêm maior eficiência energética, para veículos com menor eficiência mascarou os dados para toda frota e os avanços foram alcançados por meio de melhorias pontuais dentro de cada categoria. Em geral, resultados em análises de emissões e consumo são fortemente influenciados pelo volume de vendas, pelas tecnologias utilizadas e pela carroceria do veículo em questão - maior massa, maior área de sombra e mais potência tendem a gerar maior emissão e consumo", afirma Briganti.
De acordo com o estudo da Bright Consulting, desde 2015, a combinação de inovações tecnológicas e as mudanças mercadológicas já mencionadas resultaram em um aumento de massa da frota em 12%. No entanto, mesmo com veículos mais pesados, com sombra 7% maior e 13% mais potentes, a eficiência energética melhorou 4%. Mostrando a evolução do consumo dos carros.
SUVs bebem mais
Além do peso mais elevado, o coeficiente aerodinâmico dos SUVs é inferior ao dos hatches e sedãs, pois a área de atrito com o ar é maior. Mas o cenário já foi pior, tanto que, em sete anos, o segmento foi o que mais evoluiu em economia de combustível, com 15% de melhora, mesmo seguindo com números inferiores aos hatches, por exemplo.
Para se ter uma ideia, com o mesmo motor 1.0 turbo, no comparativo de consumo entre Chevrolet Onix e Tracker, a diferença chega a ser de 1,4 km/l a favor do primeiro, que é 175 quilos mais leve. O SUV percorre 13,7 km com um litro de gasolina na estrada, enquanto o hatch é capaz de rodar 15,1 km/l.
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