Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
O que uma semana de Jeep Commander pode ensinar sobre carros de 7 lugares
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
(SÃO PAULO) - Não apenas a tração 4x4 promete abrir os caminhos do novo Commander. A obsolescência de alguns concorrentes, a aposentadoria de outros e as poucas opções em sua faixa de preço sugerem que para o segundo modelo de sete lugares da Jeep no Brasil alcançar a liderança do segmento poderá ser mais tranquilo do que uma trilha de final de semana.
Números iniciais de pré-venda - ainda sem ter provado suas qualidades, portanto - sugerem que um Jeep mais luxuoso do que o Compass e capaz de levar sete ocupantes é o que muitos queriam: 2.800 unidades vendidas em apenas 6 horas; nos primeiros quinze dias, acumulou 7.000 pedidos. Apenas no primeiro mês de existência o Commander já encosta nos líderes, Toyota SW4 e CAOA Chery Tiggo 8.
Principal embate do Commander será com o Tiggo 8. Não apenas pelos preços iniciais semelhantes (R$ 205.990 do Jeep na configuração Limited 1.3 turboflex e R$ 195.990 do CAOA Chery, com motor 1.6 turbo), mas porque o SW4 é mais caro (R$ 266.890 a R$ 380.290) e mais antiquado, construído em chassis de longarina. Demais correm por fora na disputa por famílias grandes.
E o que o Commander (o melhor nome para um carro da Jeep, diga-se) tem para enfrentar o modelo chinês?
Primeiro, duas versões (Limited e Overland) agraciadas com dois tipos de motores cada, totalizando quatro ofertas - mais cara é a Overland T380, a R$ 279.990, objeto de nossa análise.
De cara, o Commander mostra-se imponente e elegante. A solução estética na coluna C e as lanternas estreitas deram elegância e leveza a um carro de 4,77 metros de comprimento e 1,70 m de altura. Na frente, a assinatura Jeep está lá, mas sem se igualar ao Compass.
Na cabine, impressiona o filete dourado que percorre a base do painel, este forrado em veludo. Porta-copos e porta-carteira/celular convenientes, além de comandos do ar-condicionado e do rádio (que felizmente manteve volume e estação em botões físicos) à mão compõem uma ergonomia elogiável.
Outros momentos de luxo são peça que envolve a alavanca do câmbio em "black piano", os bancos combinando couro e veludo e peças em aço escovado, como maçanetas e apliques no volante. Deste, aliás, o motorista configura o painel de instrumentos, que ao tentar agradar se digitalizando deixou as coisas mais confusas.
Mas não chega a pegar mal, como as hastes de indicação de direção, de plástico tosco, praticamente as mesmas de um...Fiat Mobi. Outro relapso foi no descanso do pé esquerdo, muito recuado e bom para quem calça até 34; deveriam ser mais avançados e pé tamanho 46. Um mal da plataforma que também abriga Toro, Renegade e Compass.
Se o pé esquerdo é maltratado, o direito não tem do que reclamar. Os 170 cv de potência e 38,7 kgfm de torque lidam bem com um carro de 1.908 kg. Há segurança nas ultrapassagens e acelerações decentes. Boa parte do bom trabalho é do câmbio automático de nove marchas.
Na condição de carro de sete lugares, o Commander garante bom espaço tanto na segunda fileira (na qual os ocupantes ficam em posição ligeiramente mais alta) quanto na terceira (esta mais indicada a crianças).
De quebra, um porta-malas de 661 litros com a terceira fileira recolhida e 233 litros com esta levantada.
No mais, o Commander tem a estirpe de uma marca octogenária - o que o Tiggo 8 vai levar tempo para conquistar.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.