Jorge Moraes

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Elétrico, GNV ou combustão? Veja carro mais vantajoso para motorista de app

Com o avanço da eletrificação e a queda dos custos de manutenção, os carros elétricos começam a se consolidar como a opção mais econômica para motoristas de aplicativo.

A reportagem ouviu os profissionais para fazer uma comparação entre veículos a combustão, a GNV e elétricos. Com base nos cálculos e dados fornecidos pelos condutores da Uber, o levantamento revela que, além de gastar menos por quilômetro rodado, quem opta por um modelo movido a bateria pode ver o carro "se pagar" ao fim do financiamento, graças à economia acumulada no dia a dia.

Para a análise, foram consideradas médias mensais reais de uso e custos operacionais, incluindo combustível, energia e manutenção para os três tipos de "combustível".

Carro a combustão

Um motorista que roda 4.800 km por mês com um carro a combustão gasta cerca de R$ 3.100 com combustível e mais R$ 400 em manutenção. O custo total mensal chega a R$ 3.500, o que representa R$ 0,73 por quilômetro rodado. Além do consumo elevado, a necessidade de revisões frequentes e trocas de peças como filtros, velas e óleo contribui para o custo mais alto entre as opções.

Carro com GNV

O carro a GNV continua sendo uma alternativa interessante para quem roda muito, principalmente pela autonomia e pelo preço do gás natural. Considerando uma média de 6.000 km por mês, o gasto com combustível é de R$ 1.800, mais R$ 400 de manutenção, somando R$ 2.200.

Nesse caso, o custo por quilômetro fica em R$ 0,37, praticamente a metade de um modelo a gasolina. Porém, a instalação do kit GNV, a periodicidade de vistorias e o desgaste de componentes específicos ainda pesam na conta ao longo do tempo.

Elétrico: o menor custo

Com a popularização de modelos como o BYD Dolphin, o carro elétrico se tornou uma opção cada vez mais viável para motoristas de aplicativo. Rodando em média 4.800 km por mês, o gasto mensal com energia elétrica é de até R$ 1.200, e a manutenção é praticamente inexistente. O Dolphin do motorista de app consultado, por exemplo, tem cinco revisões ou 100 mil km gratuitas.

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"A matemática do preço-benefício é primária", argumenta o economista Luiz Silva sobre como a nova profissão dos motoristas de aplicativos que vem se transformando e os automóveis nas ruas passaram a ter custo de escritório. "Por isso é fundamental pensar no mês e no longo prazo do investimento X despesa".

Lembrando que o custo mensal de R$ 1.200,00 representa R$ 0,25 por quilômetro rodado, três vezes menor que o de um carro a combustão. Além disso, os motoristas ainda entram na categoria Black, mais premium, e conseguem lucrar ainda mais.

Economia que paga o carro

Considerando um financiamento típico de R$ 180 mil em 60 parcelas, a diferença mensal entre o custo de operação de um carro elétrico e um a combustão chega a R$ 2.300. Em cinco anos, isso equivale a cerca de R$ 138 mil.

Em outras palavras, a economia diária com energia e manutenção faz com que o carro elétrico "se pague" ao fim do financiamento, algo que está mudando o comportamento de quem depende do automóvel para trabalhar.

Com incentivos de montadoras, menor custo de energia e ampliação da infraestrutura de recarga, o carro elétrico vem ganhando espaço entre motoristas profissionais.

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A economia por quilômetro rodado e o baixo custo de manutenção indicam que, no médio prazo, o modelo movido a bateria tende a ser a escolha mais vantajosa do ponto de vista financeiro, além de reduzir emissões e ruído nas cidades. E esse movimento vem crescendo porque eles se falam e multiplicam as vantagens.

Revenda

É um capítulo que está no pacote da desvantagem. Tanto para o combustão quanto para o elétrico. O carro a bateria tem uma perda superior na avaliação mas se a intenção é continuar dentro da marca, essa desvalorização diminui um pouco.

A vantagem em juntar uma entrada é com o dinheiro que o motorista da Uber, por exemplo, paga com aluguel semanal (entre R$ 900 e R$ 1200) mais gasolina vai dar a parcela do carro próprio com manutenção quase inexistente e abastecimento a cada recarga na faixa dos R$ 60, no máximo.

*Colaborou Rodrigo Barros

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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