Fábrica da BYD na Bahia: chinesa projeta produzir 600 mil carros por ano

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Em poucas semanas, a BYD se prepara para iniciar, oficialmente, a produção em linha de seus modelos na fábrica de Camaçari (BA), cujas primeiras instalações já concluídas foram apresentadas à imprensa nesta terça-feira (1º).
A fabricante chinesa já recebeu os primeiros kits para montagem do Dolphin Mini, do Song Pro e do King - os três primeiros modelos que serão nacionalizados.
Inicialmente, a montagem dos veículos será feita no sistema SKD (Semi Knock-Down), com componentes pré-montados trazidos da China. Essa fase tem duração prevista de até 12 meses. A partir daí, a produção passará a ser completamente nacional, com estamparia, soldagem e montagem final em território brasileiro - afirmam executivos da empresa.
A linha de montagem da BYD em Camaçari, localizada onde ficava a antiga fábrica da Ford, está em plena transformação. A primeira fase da operação está pronta para começar, e a licença para produção comercial em larga escala deve ser emitida nas próximas semanas. Enquanto isso, a construção de estruturas como os prédios de estamparia e usinagem de motores segue em paralelo.
Capacidade de produção

Para 2025, a BYD estima produzir 50 mil unidades no Brasil. Em 2026, a capacidade poderá chegar a 150 mil veículos - e, em um cenário mais otimista, a 300 mil unidades. No longo prazo, em cinco anos, o plano é atingir a marca de 600 mil veículos por ano, reforçando a capacidade de exportação para outros mercados da região. A afirmação é do vice-presidente Sênior da BYD no Brasil, Alexandre Baldy.
Para se ter uma ideia, em 2024 o Brasil produziu 2,5 milhões de veículos - ou seja, em cinco anos a BYD ambiciona atingir capacidade produtiva equivalente a 1/4 de todos os veículos fabricados em nosso país ao longo do ano passado.

No momento, com a estrutura atual, a produção nacional suportaria até 300 mil unidades anuais. A expansão da fábrica está prevista para os próximos cinco anos, e deve incluir novas linhas e processos produtivos para alcançar a capacidade total projetada.
A operação brasileira da BYD se tornará uma das principais bases da marca fora da China e faz parte de uma estratégia ampla de nacionalização da produção, redução de custos e ampliação da competitividade no mercado local.
Ampliação de empregos
Durante o evento, a BYD anunciou a abertura de mais 3.000 vagas, que serão preenchidas até o fim do ano. Entre as posições oferecidas, haverá oportunidades para engenheiros, técnicos, operadores, seguranças, eletricistas, profissionais de logística, TI e setor administrativo. Nos próximos dias, serão anunciados os detalhes das inscrições, assim como parcerias.
*Colaborou Rodrigo Barros
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