Jorge Moraes

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OpiniãoCarros

Mais caro, novo Kicks terá fôlego para peitar T-Cross e outros rivais?

É muito comum nos depararmos com uma enxurrada de críticas quando publicamos em nossas redes sociais a revelação de preços de um lançamento. Com o novo Kicks não foi diferente. Na verdade, foi um pouco. O nível de 'decepção' com os valores apresentados pela Nissan foi maior do que a média recente.

Com quatro versões entre R$ 160 mil e R$ 200 mil, o novo Kicks passou para o patamar dos mais caros entre os SUVs compactos e até se alcançou algumas versões de modelos de categoria acima. Mas será que ele virou um SUV médio?

Não, o Kicks segue como um SUV compacto, mas não é mais um utilitário esportivo de entrada. A estratégia da Nissan ficou bem clara. Quer uma versão barata? Então sua escolha será o Kicks Play, que nada mais é do que a primeira geração - que conviverá com a nova por um bom tempo.

A Nissan mira com o novo Kicks as versões intermediárias e topo de linha do líder Volkswagen T-Cross e outros rivais que se aproximam da casa dos R$ 200 mil. A marca japonesa não quer se meter no campo de Jeep Commander ou Honda HR-V, até porque não tem folego para isso com seu motor 1.0 turbo de 125 cv.

Mesmo tendo ficado mais encorpado, ganhado mais tecnologia, acabamento mais caprichado e uma mecânica mais moderna e eficiente, o Kicks precisa ter volume de SUV compacto. Tem que estar na escolha direta de quem busca um upgrade dos modelos mais baratos de entrada.

Para isso, a japonesa vai precisar de uma campanha massiva para seu novo SUV. Ele precisa ser visto nas lojas, nas ruas e nas telas. Passado o efeito novidade que sempre gera um bom volume de vendas, também será necessário fazer o que as montadoras rivais fazem para ter volume de emplacamentos: bônus, bônus e mais bônus.

Só assim o Kicks poderá repetir, talvez, o sucesso de sua primeira geração, que chegou há cerca de uma década e foi uma febre de vendas nos primeiros anos de produção. A Nissan está precisando que o Kicks decole e o mercado se beneficia de um novo bom produto nas ruas.

Predicados ele tem para isso. Conseguiu seduzir pelo design, tem a boa mecânica e reúne elementos do luxo, mesmo cobrando bem por eles. A versão de melhor custo-benefício será a Advance, na porta dos R$ 160 mil. E não queira a marca praticar os valores fora do que foi apresentado, pois um aumento na tabela de lançamento já foi anunciado.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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