De VW à GM, montadoras se associam a chinesas para vender mais no Brasil

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Diante da recente chegada ao Brasil de montadoras chinesas, trazendo veículos elétricos e híbridos com qualidade e preços atraentes, fabricantes há muito tempo instaladas no país têm buscado algum tipo de associação com marcas e produtos do país asiático, em busca de mais competitividade e redução de custos operacionais.
O maior exemplo disso é a joint-venture formada pela chinesa Chery e pela brasileira Caoa, anunciada no fim de 2017. Desde então, as duas empresas têm operações conjuntas no mercado brasileiro para multiplicar vendas partir do complexo industrial de Anápolis (GO), onde são montados os SUVs da família Tiggo.
Mais recentemente, a Volkswagen anunciou que a nova geração da Amarok vai herdar a plataforma da picape chinesa Maxus T90, da SAIC. A Renault, por sua vez, acaba de formar parceria estratégica com a gigante Geely.
No caso da VW, a companhia alemã recorreu à parceria com a SAIC após desistir de produzir a segunda geração da Amarok com base na Ford Ranger, como já acontece na África do Sul e em outros mercados. A ideia, obviamente, é compensar o tempo perdido e economizar dinheiro para apresentar a nova Amarok em 2027 - mantendo a produção na Argentina.

A Chevrolet também já tem dois chineses para chamar de seus: o Spark EUV, SUV compacto totalmente elétrico que será lançado no Brasil nos próximos meses; e o próximo SUV médio da marca, derivado do chinês Wuling Starlight S e que aqui poderá se chamar Captiva.
A Stellantis segue a mesma estratégia. O conglomerado automotivo europeu montou uma joint-venture com a Leapmotor e em breve vai iniciar as operações da marca oriental em solo brasileiro com os carros elétricos C10 e T03. O primeiro será o modelo de estreia no mercado brasileiro.
A Volvo, que pertence à chinesa Geely, já vende aqui o SUV compacto a baterias EX30, que é importado da China.
Assim como as empresas citadas acima, ao longo dos próximos meses veremos mais empresas chinesas desembarcando no Brasil, seja com operação própria ou por meio de associação com marcas já estabelecidas no país.
*Colaborou Rodrigo Barros
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