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BYD na Bahia? Por que marca chinesa é cotada para assumir a fábrica da Ford
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Quem achou que a gigante BYD seria mais uma marca de modelos importados e de pouco volume no mercado nacional vai se surpreender com os planos ambiciosos dos chineses para o Brasil. Nesta semana, circulou a notícia de que a montadora ocuparia o complexo industrial da Ford em Camaçari (BA), mas os executivos da BYD nada comentam sobre a negociação no momento. Quem fala são os políticos.
O que é certo é que UOL Carros ouviu nesta semana fontes exclusivas que dão como certo que a BYD terá fábrica no Brasil e que isso não deverá demorar muito desde que a primeira fase do plano esteja concluída: vender 10 mil carros por ano.
Mas e essa história de local? Nada está fechado nem descartado. São Paulo, onde o grupo tem operação em Campinas, a própria Bahia e até o complexo automotivo de Goiana, em Pernambuco, estão no radar da gigante chinesa. Existem mais estados interessados e eles estão analisando tudo.
Para fazer um megainvestimento como a construção de uma moderna fábrica de carros eletrificados, a BYD precisa "preparar o terreno". O primeiro passo, que já foi dado, é organizar a rede de concessionários, que até o final do ano chegará a 45 unidades pelo país.
O segundo também já está em fase de execução, que é apresentar e começar a vender os carros no Brasil. Até 2023 serão seis modelos da marca no país, com uma expectativa de emplacar cerca de 1.000 por mês. Haja fôlego e estratégia.
Atingir a marca de 10 mil unidades por ano será o gatilho para os chineses colocarem em prática o terceiro e decisivo passo: a construção de uma fábrica com tecnologia de ponta para a produção dos carros elétricos e híbridos da marca. Por isso, qualquer notícia sobre o local da planta agora não passa de especulação política.
Para alcançar a marca de 10 mil carros a BYD aposta numa gama bem diversificada. Os elétricos Han (sedã) e Tan (SUV) estão no mercado. O SUV híbrido Song será o próximo. Uma mudança no time irá acontecer a partir do sedã híbrido Qin, que sai dos planos imediatos da marca para o Brasil e será substituído pelo Destroyer 5, modelo que ganhará um nome mais simpático para o nosso mercado.
Outras apostas 100% elétricas são D1, monovolume voltado para a mobilidade, como locadoras e transporte por aplicativo, e o ET3, um furgão com aplicação para o e-Delivery.
Essas são apenas as primeiras fichas que os chineses da BYD colocam à mesa do mercado brasileiro. Já não se questiona mais a capacidade de produção e qualidade dos carros asiáticos, principalmente quando se trata de eletrificação. Afinal, ninguém fabrica e vende mais carros elétricos no mundo do que os chineses.
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