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Eletrificação e reforma tributária: desafios da nova diretoria da Anfavea
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A indústria automotiva brasileira persegue um resultado mais próximo da sua capacidade de produção de 4,5 milhões de unidades. Pelo menos tenta, os números desse ano devem beirar a metade e um dos desafios que tem pela frente o novo presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite e da nova diretoria (2022 a 2025), em São Paulo, é trocar o atual cenário.
O chefe e o corpo diretivo passaram por Brasília, onde ontem se encontraram com o ministro Paulo Guedes e trataram de temas como a reforma tributária, eletrificação e competitividade da indústria. Lembro que eles também ouviram sobre os esforços do governo federal em "contribuir com o comércio" ressaltando a ampliação para 35% do corte do IPI, que atinge diretamente as picapes diesel com capacidade de carga de uma tonelada.
A Anfavea trabalhará pelo mix da eletrificação e cruzar os dedos para o sucesso da reforma tributária. Eles contam com isso para ontem. Especialistas, cada vez mais dedicados ao tema, trabalham em estatísticas e processos que podem destacar a nova composição com o time de vice-presidentes e a co-gestão de uma personagem no quadro diretivo, Marina Willisch, vice-presidente. Ela também exerce o cargo de governo, comunicação e ESG da General Motors do Brasil.
"As mulheres gostam de coisas diferentes". Acho que a Anfavea, na minha opinião, demorou para entender isso, mas diante do novo, na atuação de Marina Willisch, reforça o pilar da diversidade, que está em alta nos corredores da Anfavea, e ela será a "embaixadora da causa".
Toda renovação de mandato traz uma nova visão para os setores que inclui caminhões, ônibus, máquinas. "Fiquei lisonjeada pelo convite e quando o Márcio me convocou foi para participar das decisões da mobilidade do futuro do país, assuntos técnicos e políticas públicas que estão na pauta da gestão. É um projeto de união da Anfavea".
Perguntei sobre como conter os preços diante do custo Brasil. O novo normal trouxe os valores dos veículos para cima e a força de compra do cliente ficou congelada. "O aumento de preço é reflexo dos insumos elevados. O aço bateu mais de 200%, a logística disparou 11 vezes o valor. Os containers que partem da China dispararam". A legislação nova sobre cabotagem vai ajudar na mudança desse processo.
Advogada, assim como Márcio Lima, que responde pela diretoria jurídica e relações institucionais da Stellantis, juntos no time terão uma longa jornada de trabalho pela frente. Não somente focado na retomada do crescimento, na recuperação da produção e fortalecimento da cadeia que é composta por mais de 98 mil fornecedores no ecossistema do setor e representa 36% do PIB do país mas na estratégia da eletrificação.
O momento não é dos melhores e continuam faltando semicondutores, mas a Anfavea também estuda com o governo soluções para não depender da cadeia "estrangeira" de fornecedores.
Parte da saída para o crescimento deverá ser associado às exportações. "Vivemos um mix de tecnologias", disse Márcio Lima. No Brasil, o carro elétrico já convive com o etanol e o universo híbrido a partir do automóvel flex, por exemplo. Isso sem contar com o uso do biodiesel e do GNV. O executivo da Stellantis, que assume a função de presidente da associação dos fabricantes, confessa que o país ainda precisa avançar na utilização do "álcool".
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