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Honda encerrará produção do Civic em dezembro no adeus do modelo nacional
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A onda devassadora dos SUVs fará mais uma vítima no mercado nacional. A Honda anunciará, e poderá fazer isso nos próximos dias, o fim da linha do Civic na fábrica do Sumaré, no interior de São Paulo. A produção segue só até o fim deste ano para entregar as últimas e valorizadas unidades da atual geração - que já foram ou estão sendo atualmente comercializadas nas revendas da marca.
Mas isso não quer dizer o fim da era do Civic por aqui. A décima primeira geração já está sendo vendida no mercado norte-americano e será importada para o Brasil a partir do ano que vem. É uma volta às origens que vamos explicar mais abaixo.
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A decisão da Honda de deixar de produzir no país aquele que já foi seu best-seller é baseada - também - nos números de emplacamentos do sedã, que vêm caindo ao longo dos últimos anos.
Para se ter uma ideia, entre janeiro e outubro deste ano, pouco mais de 15 mil unidades do Civic em suas versões aspirada e turbo (Touring) foram vendidas no país. Isso representa metade do que o seu maior rival emplacou, o Toyota Corolla. É também a metade do que o modelo mais vendido da Honda atualmente, o SUV HR-V, conseguiu emplacar. E tem mais.
O New City, que conheceremos na quinta-feira, deverá ocupar as garagens de quem não abre mão de um sedã da Honda. O irmão maior ganhará maioridade, motor recalibrado 1.5 de injeção direta, nessa nova geração, pois terá mais porte e se distanciará dos compactos.
Vale lembrar aqui que a Honda não comenta estratégias de lançamentos futuros. Muito menos envia carta de despedida, claro. Mas que o Civic, que nós conhecemos, vai fazer falta, vai. Estive pessoalmente na largada do complexo de Sumaré, na pedra fundamental e depois na produção do Civic e posteriormente do Fit, outro que irá se despedir em 2022 para ser substituído pelo New City hatch.
Trajetória
A história do Civic no Brasil começou em 1992, quando a quinta geração do sedã chegava importado dos Estados Unidos. A produção em Sumaré teve início cinco anos depois, em 1997, quando o Civic de sexta geração começava a ser fabricado no Brasil.
Mas foi em 2006, com a chegada da oitava geração que o sedã passou a perseguir a liderança do segmento. O New Civic revolucionou o mercado de sedãs médios com um design futurista tanto por fora como por dentro. Outra novidade da época foi a introdução do motor flex. A liderança veio, entretanto, em 2013 com a chegada da nona geração - para muitos o Civic mais bonito de todos.
A décima e atual geração ousou novamente no design, mas não o suficiente para ter fôlego diante da onda (quase um tsunami) dos SUVs. Os utilitários, que já "mataram" alguns segmentos, como hatches médios, peruas e minivans, seguem avançando e agora ameaçam os sedãs médios. Quem será capaz de frear essa avalanche?
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