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Galã, Tarcísio Meira ajudou a popularizar motos com personagem de novela
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Tarcísio Meira, que morreu hoje em decorrência das complicações da covid-19, eterno galã das novelas e filmes brasileiros, também já fez sucesso ao guidão de uma moto - e, de certa forma, contribuiu para popularizar a motocicleta no País.
O ator foi o protagonista da novela "Cavalo de Aço", da década de 1970, na qual fazia o papel do mocinho que se dividia entre a paixão pela sua Honda CB 750 e pelas personagens das atrizes Glória Menezes e Betty Faria, outras grandes estrelas da TV.
Quando a novela foi ao ar em 1973 pela TV Globo, Tarcísio Meira já era um galã. Já trabalhava desde a década de 1960 nas extintas TV Tupi e Excelsior, onde estrelou ao lado da esposa, Glória Menezes, a primeira novela diária da TV brasileira.
Com seu papel em "Cavalo de Aço", porém, Tarcísio ajudou a popularizar as motocicletas no Brasil. Sua imagem de mocinho e sua fama contribuíram para mostrar que as motos não eram coisas de foras-da-lei ou de gangues de motociclistas. Eram, e são até hoje, ótimos meios de locomoção, além de uma paixão de muitos.
No início dos anos de 1970, ainda não havia fábricas de motos no País e todos os modelos eram importados. A primeira moto "made in Brazil" só surgiu em 1974, quando a Yamaha iniciou a produção da RD 50, dois tempos, em Guarulhos (SP). Dois anos mais tarde, a Honda inaugurava sua fábrica em Manaus (AM) e passava a produzir a CG 125, quatro tempos.
A moto do século
Em "Cavalo de Aço", título que fazia alusão exatamente à moto guiada pelo autor, Tarcísio rodava com uma imponente Honda CB 750, modelo mais desejado à época e que marcou a história da indústria mundial de motocicletas, sendo eleita a "Moto do Século XX", tamanha sua importância.
A famosa "sete galo" estreou no salão de Tóquio, de 1968. Mas começou a ser vendida efetivamente em 1969, no mercado Europeu. Foi a primeira da linhagem de motos "four" da Honda.
Seu motor de quatro cilindros em linha de 736 cc tinha quatro carburadores e produzia 67 cavalos de potência máxima. O suficiente para levar a CB 750 Four a 192 km/h de velocidade máxima - um número impressionante para a época.
O modelo tinha câmbio de cinco marchas. Entre as grandes inovações da CB 750, estavam o freio a disco na dianteira e a partida elétrica.
Com design arrojado, motor confiável e bom desempenho, a CB 750 é considerado modelo fundamental na trajetória de sucesso das fábricas japonesas de motocicletas. Seu sucesso em todo o mundo foi tão grande que ajudou a enterrar de vez muitas fábricas europeias que não conseguiam acompanhar as inovações e a qualidade das motos nipônicas.
Assim como a CB 750, Tarcísio Meira entra agora para a história da teledramaturgia brasileira. De certa forma, para a história das motos no Brasil.
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