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OPINIÃO

Óleo lubrificante: 3 questões polêmicas sobre a manutenção do seu carro

Thais Roland

Colunista do UOL

17/05/2022 04h00

Na dica de hoje temos um combo sobre óleo lubrificante, pois estive com o pessoal da Motul e aproveitei a oportunidade pra levantar alguns pontos que já discutimos por aqui, mas que geraram polêmica.

O primeiro, claro, é a respeito de especificação. Eu adorei quando o Rafa, da Motul, bateu na tecla com a mesma persistência que eu de que o óleo lubrificante que seu carro precisa é aquele que está especificado no manual do proprietário e ponto final.

O segundo ponto já deu mais o que falar por aqui e diz respeito a completar o nível do óleo. Sempre defendo que não é bacana completar o óleo, mas sabemos que até o manual do carro diz que é normal uma diminuição do nível ao longo do tempo, e que, se for necessário, o proprietário deve completar.

O pessoal da Motul, porém, concorda comigo que esse consumo de óleo é muito pequeno e que não é normal o nível diminuir ao ponto de ficar abaixo da marca de mínimo, da vareta, antes de chegar o momento da próxima troca de óleo prevista pela manutenção preventiva.

Se isso está acontecendo, alguma coisa está errada no motor e precisa ser investigada e sanada. Completar o nível só vai camuflar o problema. Assim como eu comentei por aqui, a única situação em que completar o nível é aceitável é numa emergência - e aí a ressalva é tentar completar com um óleo que tenha as mesmas especificações do que já está no motor, porque já falamos dos problemas que podemos ter ao misturar óleos lubrificantes diferentes.

E o terceiro ponto levantado é a respeito de passar a usar um óleo lubrificante de maior viscosidade em motores com alta quilometragem (motores "cansados") afim de preencher as folgas que vão aumentando pelo desgaste natural dos componentes. Mais uma vez a Motul reforçou a importância de seguir a especificação do manual, que não prevê essa mudança.

Quando as folgas ultrapassam os limites de trabalho o motor precisa de uma avaliação e, talvez uma retífica, mas não um óleo mais viscoso ou um aditivo que altere a viscosidade com a mesma intenção de preencher folgas. Mais uma vez, só estamos mascarando o problema e a conta disso vem mais tarde.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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