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Prejuízo na oficina: 10 itens 'essenciais' que aumentam gastos com o carro

Colunista do UOL

28/07/2022 11h00

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Nós gostamos de carros! Eu, que estou aqui escrevendo essa coluna, e você, meu caro leitor que está se informando sobre o assunto, estamos sempre acompanhando a evolução dos veículos e desejando ter tudo do bom e do melhor que a indústria automotiva tem para nos oferecer.

Mas nem sempre nosso bolso permite a realização dessas vontades e temos que nos contentar com carros mais simples nas nossas garagens, não só pelo próprio valor mais baixo que tende a ter no mercado, como também pelo esperado custo de manutenção menor.

O mercado de usados é perfeito para ilustrar isso, tanto que a preferência continua sendo por modelos nacionais entre R$ 20 mil e R$ 30 mil, que tenham baixo custo de manutenção e reparabilidade, além de boa liquidez no momento da revenda.

Para essas pessoas que precisam de carros que minimizem o risco de ter altos custos com manutenção, listei 10 itens que podem ser descartados no momento da escolha do próximo carro.

Freio traseiro a disco - Shutterstock - Shutterstock
Freio traseiro a disco
Imagem: Shutterstock

Freios a disco na traseira

Sempre que um novo carro é apresentado e ainda é equipado com freios a tambor na traseira, as críticas são generalizadas. Mas, no momento que for preciso revisar os freios desse mesmo carro, o bolso agradece e nossa mente nem lembra que um dia o criticou.

Freios a disco são melhores, mas o desgaste e o custo de manutenção são bem maiores quando comparado com o sistema a tambor.

Correia dentada - Foto: Shutterstock - Foto: Shutterstock
Correia dentada
Imagem: Foto: Shutterstock

Correia dentada

O sincronismo dos motores dos nossos carros depende de correia dentada ou corrente de comando, variando de acordo com o projeto. A primeira, feita de borracha, exige manutenção por tempo ou quilometragem, portanto gera custos ao longo da vida útil do motor.

Já a segunda é de metal e não exige manutenção, pelo menos na teoria. Portanto, seu bolso vai agradecer se sua escolha for um carro com corrente de comando.

Pneu grande - Foto: Kia | Divulgação - Foto: Kia | Divulgação
Pneu grande
Imagem: Foto: Kia | Divulgação

Pneus grandes

Com o passar dos anos, as carrocerias dos carros foram "inflando" para poder atender normas de segurança. Com isso, o conjunto de rodas e pneus também precisou crescer, mas por motivos estéticos. Rodas de 15 polegadas, encontradas em esportivos do passado, hoje são "obrigatórias" em modelos de entrada, e mesmo assim parecem pequenas em alguns casos.

Deixando a estética de lado e pensando apenas no bolso, o melhor é escolher as menores rodas possíveis, já que o custo para troca de pneus também será menor.

Suspensão Multilink - Divulgação - Divulgação
Suspensão Multilink
Imagem: Divulgação

Suspensão refinadas

Risque da lista os carros com suspensões mais refinadas. Fuja de modelos com sistema independente na traseira que exige trocas de várias buchas. Esqueça os que tenham configurações de conforto e esportiva, pois exigem caros amortecedores eletrônicos.

Por fim, nem passe perto dos que tenham suspensões pneumáticas se quiser manter sua saúde financeira. Quem pensa com o bolso, deve escolher o esquema "arroz com feijão" de McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira.

Injeção indireta e direta - Oficina Brasil - Oficina Brasil
Injeção indireta e direta
Imagem: Oficina Brasil

Injeção direta

Tendência nos carros atuais por conseguir atender melhor as normas de poluentes, a injeção direta acaba sendo um pesadelo na hora da manutenção. Ocorre que o combustível deixa de passar pelas válvulas de admissão e passa a ser injetado direto na câmara de combustão, fazendo com que os corpos dessas válvulas carbonizem com o tempo.

Fora que esses bicos trabalham com mais pressão e são mais suscetíveis a problemas por uso de combustível de má qualidade. Para evitar essas manutenções, o bom e velho sistema de injeção eletrônica do tipo indireta, ainda é a melhor escolha.

Turbocompresso - Shutterstock - Shutterstock
Turbocompressor
Imagem: Shutterstock

Turbo

Assim como a injeção direta, o turbo tem virado regra nos carros atuais. Fazem milagres em pequenos motores, que conseguem bons números de desempenho com consumo moderado de combustível. Mas é mais um componente para exigir manutenção.

Não é raro escutarmos casos que a turbina foi trocada, e também é o tipo de motor preferido dos que gostam de performance. O bom e velho motor naturalmente aspirado é sem dúvidas mais adequado para quem quer fugir de manutenções caras.

Lâmpada de xenônio - Foto: Shutterstock - Foto: Shutterstock
Lâmpada de xenônio
Imagem: Foto: Shutterstock

Lâmpadas de xenônio

Os carros mais modernos, estão optando por lâmpadas de LED, mas não faltam opções de carros mais refinados no mercado de usados, que utilizam lâmpadas de xenônio.

São bonitas de se ver e iluminam muito bem, mas na hora que queimam você vai desejar ter escolhido a versão mais simples do mesmo carro, com lâmpadas convencionais.

Freio de estacionamento eletrônico - Divulgação - Divulgação
Freio de estacionamento eletrônico
Imagem: Divulgação

Freio de estacionamento eletrônico

Qual o problema da boa e velha alavanca do freio de estacionamento? Para mim, nenhum, mas o freio eletrônico está cada vez mais presente nos nossos carros.

O objetivo final é o mesmo, e ambos são eficientes nisso, mas enquanto o sistema antigo é simples e barato de se arrumar, o eletrônico envolve módulos que se conversam entre si. Quando para de funcionar, é melhor preparar o bolso.

Start-Stop - Divulgação - Divulgação
Start-Stop
Imagem: Divulgação

Start-stop

O sistema que permite que o motor do carro desligue em breves paradas, e religue imediatamente quando preciso, tem ganhos no consumo de combustível. Mas, sejamos honestos, o ganho com isso é bem pequeno.

O que nem sempre te contam é que esse sistema exige bateria especial, muito mais cara que outra convencional. No fim, parece não fazer sentido escolher um carro com sistema start-stop.

Tempra com pintura perolizada - Felipe Carvalho / Caçador de Carros - Felipe Carvalho / Caçador de Carros
Tempra com pintura perolizada
Imagem: Felipe Carvalho / Caçador de Carros

Pintura perolizada

As cores dos carros estão cada vez mais sem graça. A maioria opta por discrição e facilidade de revenda, e com isso poucos fogem desse senso comum. Mas não tem como negar a beleza de uma cor mais viva, principalmente se for do tipo perolizada. Não por acaso, costuma ser a opção dos fabricantes nos lançamentos e divulgações.

Entretanto, pensando numa possível reparabilidade, a pintura perolizada é bem mais cara que o normal, além de exigir mão de obra especializada, que também cobrará mais caro pelo serviço. Portanto, pensando somente no bolso, é melhor ficar nas cores mais comuns mesmo.

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