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Verdades secretas: 5 carros com mensagens cifradas em seus emblemas

Colunista do UOL

09/06/2022 11h00

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Em uma roda de amigos apaixonados por carros, um assunto que parece não ter fim: é sobre detalhes que diferenciam versões, ainda mais quando somente olhos mais atentos conseguem identificá-los.

Sou uma dessas pessoas interessadas nesse tipo de assunto. É o momento que posso destilar parte do meu conhecimento e alimentar meu ego quando percebo que aquilo que sei é novidade para alguns. Claro que também acontece o inverso, inclusive não paro de aprender nesse universo automotivo.

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Alguns desses detalhes que são pouco perceptíveis tenho a impressão de que o fabricante fez de propósito, justamente para que um dia fosse assunto numa roda de amigos apaixonados por carros.

Eu listei alguns detalhes em que a cor escolhida no emblema fez toda a diferença.

azul para motor 1.5, vermelho para motor 1.4 - divulgação - divulgação
azul para motor 1.5, vermelho para motor 1.4
Imagem: divulgação

Honda Fit primeira geração

Um dos carros mais bem-sucedidos no Brasil, a trajetória do Honda Fit por aqui começou no ano de 2003, já como modelo 2004. Somente duas versões foram oferecidas nesse lançamento, a LX e a LXL, ambas com motor 1.4, mas nenhuma delas com emblemas que as diferenciassem. Na tampa traseira, estava escrito apenas "Honda" e "Fit", com o pingo do "i" em vermelho.

Para o modelo 2005, porém, veio a versão mais desejada, a EX, que foi equipada com o motor 1.5, bem mais potente e esperto que o 1.4, que continuou nas outras versões. A Honda, por sua vez, não colocou emblemas com o nome dessa versão, e sim uma cor diferente no pingo do "i", que passou a ser azul para o EX.

Esse foi um detalhe curioso que durou apenas até o modelo 2008, já que o modelo seguinte, da segunda geração, abandonou o pingo no "i".

"I" cromado para 150 cv e "I" vermelho para 180 cv - divulgação - divulgação
"I" cromado para 150 cv e "I" vermelho para 180 cv
Imagem: divulgação

Volkswagen Golf GTI quarta geração

Foi nos anos 90 que o VW Golf chegou no nosso país, importado da Alemanha e do México já em sua terceira geração. A geração seguinte começou como importada em 1998, mas logo se nacionalizou, inaugurando a fábrica de São José dos Pinhais - PR. Entre as opções disponíveis, a versão GTI era mais desejada, devido ao moderno motor 1.8 turbo, com 150 cv.

Anos mais tarde, em 2002, o motor Golf GTI ficou ainda mais bravo e sua potência subiu para 180 cv. Por fora, era praticamente impossível diferenciar um GTI 150 cv de um GTI 180 cv, exceto pela cor do "I", que passou a ser vermelha no motor mais forte.

MSI, quando "I" é vermelho indica ser 16v - Felipe Carvalho/Caçador de Carros - Felipe Carvalho/Caçador de Carros
MSI, quando "I" é vermelho indica ser 16v
Imagem: Felipe Carvalho/Caçador de Carros

Volkswagen MSI

Logo que a VW passou a equipar alguns de seus modelos com o excelente motor 1.6 16v aspirado da família EA211, o emblema MSI na tampa traseira poderia sugerir que esse seria o nome do novo motor. Porém, até mesmo os modelos mais simples, ainda equipados com o antigo 1.6 8v da família EA111, também ganharam o emblema MSI e a confusão estava feita.

A explicação do fabricante é que, a partir do modelo 2015, motores com até 100 cv seriam chamados de MPI, e os acima de 100 cv seriam chamados de MPI. Como ambos motores 1.6, tanto 8v como 16v, tinham mais de 100 cv, ganharam o mesmo nome, mesmo sendo de famílias diferentes.

Mas, os mais atentos podem reparar que a cor do "I" não é a mesmo. Enquanto o motor 1.6 8v tem o MSI todo cromado, o 1.6 16v tem o "MS" cromado e o "I" vermelho.

um legítimo Tempra Ouro - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
um legítimo Tempra Ouro
Imagem: Arquivo pessoal

Fiat Tempra

Primeiro modelo de luxo da Fiat, o Tempra foi apresentado no final de 1991 em duas versões de acabamento, mas nenhuma delas com um nome específico colocado em alguma parte da carroceria. O que diferenciava uma da outra era a cor das letras do nome Tempra na tampa traseira, sendo prateado para a versão de entrada, e dourado para a versão mais completa, batizada de Ouro.

Imediatamente o mercado convencionou chamar a versão de entrada como Prata, que nem todos sabem, mas nunca teve esse nome de maneira oficial.

Com o tempo, o modelo ganhou novas nomenclaturas, como 16v, Turbo, Stile, HLX e SX, e ficou mais fácil identificar a versão de um Tempra. Particularmente, eu adorava esse esquema de diferenciar a versão pela cor das letras do emblema, algo que jamais se repetiu na linha Fiat.

Na versão Trailhawk, a borda do Renegade é vermelha - divulgação - divulgação
Na versão Trailhawk, a borda do Renegade é vermelha
Imagem: divulgação

Jeep Renegade Trailhawk

Maior sucesso da marca Jeep no nosso país, o Renegade chegou em 2015 com algumas versões de motor e acabamento. A versão mais completa, batizada de Trailhawk, vinha com motor diesel e alguns diferenciais para uso no fora-de-estrada, como suspensão mais alta, pneus de uso misto e ganchos de reboque nos para-choques.

O que nem todos repararam é que essa era a única versão do Renegade em que os emblemas colados na parte inferior das portas dianteiras tinham as bordas vermelhas. Esse pequeno diferencial durou pouco, apenas até o modelo 2017. A partir do ano seguinte, os emblemas com o nome Renegade, passaram a ser iguais para todas as versões.

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