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De Onix a Corolla, veja 6 bons carros automáticos na faixa dos R$ 40 mil

Corolla é fenômeno mundial de vendas, e isso só poderia repercutir em baixa desvalorização no mercado de usados - Divulgação
Corolla é fenômeno mundial de vendas, e isso só poderia repercutir em baixa desvalorização no mercado de usados Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

19/03/2020 04h00

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Preço e valor são conceitos diferentes para o custo de um produto ou serviço. Você pode se deparar com dois carros diferentes pela mesma quantia, mas valorizar apenas aquele que atenda suas necessidades.

Para ilustrar, imagine um Toyota Corolla de R$ 100 mil e um Audi A3 sedã com o mesmo preço. Quem valoriza menor custo de manutenção e liquidez, certamente vai escolher o Corolla. Quem valoriza tecnologia e status, pode preferir o A3.

Na coluna desta semana, vou listar alguns carros usados com transmissões automáticas, que entregam um valor apreciado por muitos, que é a menor desvalorização possível.

Se você é daqueles que compram um carro já se planejando para o dia que for vendê-lo, não deixe de conferir os carros abaixo. Melhor ainda se o seu orçamento estiver na casa dos R$ 40 mil, que é justamente o filtro de preço utilizado aqui.

Os escolhidos perderam bem pouco nos últimos dois anos. Quem os comprou em março de 2018, hoje consegue vender por um valor bem próximo daquilo que pagou. Claro que não estou considerando a inflação, é apenas uma conta simples de valores brutos.

Chevrolet Onix

Chevrolet Onix LTZ 2015 - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

O líder de vendas dos últimos anos não poderia ficar fora dessa lista. Afinal de contas, para ser campeão, precisa ser bom em praticamente tudo. Quando o assunto é desvalorização, o Onix consegue ser amigo do bolso do motorista.

A Tabela Fipe de um LTZ 2015 é R$ 40.500, sendo em 2018 era apenas R$ 4.300 acima disso. Essa era a versão mais completa do Onix em 2015, portanto é um carro bem completo, inclusive com multimídia e controlador de velocidade. O motor é o conhecido 1.4 com 8 válvulas, com câmbio automático de 6 marchas que permite trocas manuais.

Honda City

Honda City EX 2013 - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

O modelo deve ganhar nova geração e está um pouco esquecido no mercado de novos. Mas, no de usados, segue firme e forte, mantendo a mesma faixa de preço nos últimos anos. Como exemplo, a versão EX 2013, que hoje tem Tabela Fipe de R$ 40.400, custava apenas R$ 3.900 a mais em 2018.

Em 2013, essa era a versão mais completa, portanto vinha com bancos em couro, ar-condicionado automático e controlador de velocidade. O motor é o mesmo utilizado ainda hoje, um 1.5 com 16 válvulas. Já o câmbio é diferente do atual CVT. Até 2014, o City vinha com câmbio automático de 5 marchas com paddle shifts no volante para trocas manuais.

Toyota Etios

Toyota Etios X 2017 - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

O patinho feio da Toyota é incrivelmente bom. Recentemente, viralizou o caso de um taxista que passou da marca de um milhão de quilômetros rodados com um Etios sedã.

Eu mesmo, quando tive a oportunidade de ficar uma semana com um hatch na versão X - a de entrada - com câmbio automático, revi todos os conceitos que tinha sobre o carro. Mesmo com um pequeno motor 1.3 e câmbio de apenas 4 marchas, o desempenho e consumo são muito bons.

Fora o inesperado conforto de rodagem, que faz dele um ótimo carro para o dia a dia. Tirando o fato de não vir com nenhum sistema de som, entrega o mínimo que se espera de um carro, que é a direção com assistência, ar-condicionado e controles elétricos para vidros e travas.

Essa versão X é valorizada no mercado de usados por ser barata. Hoje, a Tabela Fipe de um 2017 é de R$ 41.100, e em 2018 era apenas R$ 3.800 acima disso.

Honda Fit

Honda Fit 2014 - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

O queridinho do mercado de usados também não poderia ficar fora dessa lista. Na minha opinião, é sempre muito caro pelo que entrega, mas basta lembrar a questão do valor para entender que não sou dono da verdade. Muitos optam pelo Fit pela reconhecida robustez, baixo consumo de combustível e a excelente liquidez no mercado.

Sendo assim, desvaloriza pouco e agrada muitos motoristas, que não ligam pelo fato de ser simples. A versão LX 2014 tem Tabela Fipe de R$ 39.400. Em 2018, a tabela era apenas R$ 3.600 acima disso. É uma versão intermediária, com motor 1.4 com 16 válvulas e câmbio automático de 5 marchas.

Toyota Corolla

Toyota Corolla - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Outro queridinho do mercado de usados, mas na categoria dos sedãs, o Corolla é fenômeno mundial de vendas, e isso só poderia repercutir em baixa desvalorização no mercado de usados.

O maior problema de ser tão valorizado é que, para entrar nessa lista de carros na faixa dos R$ 40 mil, precisa ser um modelo mais antigo, no caso um 2009 na versão XEI. Esse foi o primeiro ano da 10ª geração, que passou a vir com airbags laterais nessa versão.

O motor é 1.8 com 16 válvulas e o câmbio tem apenas 4 marchas, sem opção de trocas manuais. Hoje, a Tabela Fipe, é R$ 38.500. Levando em conta que em 2018 era apenas R$ 2.300 acima disso, alguém dúvida que vai continuar nessa faixa de preço nos próximos anos?

Honda Civic

Honda Civic LXL SE 2011 - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Mas o campeão desse comparativo não foi nenhum dos queridinhos Corolla ou Fit, tampouco o líder Onix. O usado que menos desvalorizou nos últimos dois anos, segundo a Tabela Fipe, foi o Civic - mais especificamente na versão LXL SE 2011. Esse foi o último ano da famosa geração conhecida como "New Civic".

Nessa versão intermediária, a Honda colocou alguns itens a mais no último ano, por isso o "SE" no fim, que indica ser uma Série Especial. Com isso, ganhou ar-condicionado automático e bancos em couro, além de vários outros itens de comodidade. O motor é 1.8 com 16 válvulas e o câmbio tem 5 marchas com opção de trocas manuais pelos paddle shifts no volante.

Hoje, a Tabela Fipe desse LXL SE 2011 é de R$ 40.000, e em 2018 era apenas R$ 900 acima disso. Quem comprou esse carro há dois anos se deu muito bem, pois quase empatou o valor que investiu no carro. Nada mal para um bem de uso, com forte tendência de desvalorização, como é o automóvel.