Mitsubishi L200 Triton Sport HPE-S é bonita, robusta e injustiçada
Resumo da notícia
- Picape ganhou design mais moderno após reestilização em 2020
- Robusta, L200 leva até 1 tonelada de carga e é valente fora do asfalto
- Versão HPE-S tem itens como frenagem de emergência e 7 airbags
A atual geração da L200 Triton não caiu no gosto do público quando estreou no Brasil em 2016. E pior: nem de longe repetiu o sucesso de sua antecessora, que bateu recorde de vendas na Mitsubishi.
Felizmente houve tempo para realizar uma correção de trajetória em 2020, quando a marca apresentou a primeira reestilização da picape. Só que, apesar de ser elogiada pelas belas linhas, a picape continua na sombra de concorrentes de peso, como Ford Ranger, Chevrolet S10 e a líder Toyota Hilux.
Só que depois de uma convivência bastante longa com a L200 Triton Sport, UOL Carros pode afirmar que a picape da Mitsubishi é uma injustiçada. Os motivos você descobre na avaliação a seguir.
Mitsubishi L200 Triton Sport HPE-S
Preço
R$ 325.408Pontos Positivos
- Design
- Desempenho
Pontos Negativos
- Preço
- Conectividade
Veredito
Faz alguns anos que a L200 Triton foi renegada pelo mercado ao 'segundo pelotão' das picapes. Essa posição, porém, se mostrou injusta após nossa avaliação. A picape possui qualidades que a colocam em pé de igualdade com as rivais S10, Ranger e Hilux, chegando a superá-las em alguns critérios. É verdade que o modelo da Mitsubishi possui boa popularidade nas regiões Centro Oeste, Norte e Nordeste, mas o restante do país ainda precisa olhar com mais atenção para a L200. Bonita, confortável e robusta, a picape é uma escolha interessante para quem tem mais de R$ 300 mil no bolso.
Mitsubishi L200 Triton Sport HPE-S: como é a versão mais cara da picape
Design e espaço interno
A quarta geração da L200 fez um sucesso estrondoso com suas linhas modernas, inclusive no Brasil. Pena que isso não se repetiu com sua sucessora, que foi criticada pelo estilo pouco harmonioso. As linhas pareciam tímidas e até ultrapassadas perante o antigo modelo. Logo vieram as críticas e piadas, fazendo com que a Mitsubishi precisasse acelerar os planos de reestilização.
Felizmente o resultado se mostrou bastante feliz no facelift revelado em 2020. A L200 Triton Sport ganhou a identidade visual da marca japonesa, que hoje está presente em toda a gama. Mesmo diante de uma concorrência recheada de nomes fortes, como Chevrolet S10, Ford Ranger e Toyota Hilux (apenas para citar alguns modelos), a L200 se destaca pela modernidade de suas linhas.
A cabine tem um visual mais comedido e sóbrio. Apesar do uso excessivo de plásticos duros (como todas as picapes da categoria), o nível de acabamento agrada pela qualidade e montagem bem esmerada. O painel de instrumentos é analógico e traz uma bonita iluminação branca, contrastando com algumas partes em uma antiquada iluminação laranja.
Mesmo sendo uma picape, a posição de dirigir é confortável. A vida de quem senta no banco traseiro é boa, já que, além do bom espaço para os joelhos, os assentos não ficam em posição muito alta. Detalhe curioso para as saídas de ar-condicionado no forro do teto.
Desempenho e consumo
Se houve mudanças no estilo, nada foi alterado na parte mecânica. O motor 2.4 turbodiesel entrega 190 cv e 43,9 kgfm de torque máximo, associado a uma transmissão automática de seis marchas. Mesmo pesando quase duas toneladas, a picape acelera de 0 a 100 km/h em 10,4 segundos e atinge a velocidade máxima de 190 km/h.
Embora não seja referência em desempenho no segmento (algumas rivais são superiores em potência e torque, por exemplo), a L200 tem maior desenvoltura fora do asfalto. Nas estradas, a picape da Mitsubishi sente falta de um pouco de agilidade nas retomadas de velocidade e ultrapassagens. Parte da 'culpa' está no câmbio que demora um pouco para realizar reduções de marcha.
No consumo a L200 vai muito bem. Apesar das médias informadas pelo Inmetro de 9,2 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada, a picape se mostrou mais econômica durante a viagem de mais de 1.000 km realizada por UOL Carros entre São Paulo e Minas Gerais. Em alguns trechos, a autonomia informada pelo computador de bordo passou de 900 km. No fim das contas, foram duas paradas para abastecimento, resultando em médias acima de 14 km/l.
Equipamentos
A versão topo de gama HPE-S sai por R$ 325.408 nos estados de São Paulo, Roraima, Acre e Rondônia, além da Zona Franca de Manaus. Para o restante do país, o preço praticado é de R$ 314.990 na data de publicação desta avaliação.
A lista de equipamentos de série traz itens como assistente de condução com trailer, sistema de prevenção de aceleração involuntária, faróis em LED, ar-condicionado digital com duas zonas de regulagem de temperatura, acendimento automático dos faróis, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, partida do motor por botão, destravamento das portas sem chave, sensor de chuva, câmera de ré, bancos dianteiros com regulagens elétricas e coluna de direção com regulagens de altura e profundidade.
A central multimídia é da JBL com tela tátil de sete polegadas e tem suporte aos sistemas operacionais Android Auto e Apple CarPlay, mas com o uso de fios. Embora tenha os recursos esperados em um veículo desta categoria, a central tem respostas um pouco lentas ao toque dos dedos e poderia ter uma interface mais atraente aos olhos.
Segurança e manutenção
A L200 Triton Sport HPE-S manda bem na segurança, oferecendo um competente pacote de equipamentos. Há 7 airbags, alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência, alerta de tráfego cruzado traseiro, aviso de saída de faixa de rolamento, sensores de pontos cegos, controles de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas, controle de velocidade em declives e farol alto automático.
A Mitsubishi oferece um programa de revisões programadas com preço fixo de R$ 1.616,00 nas seis primeiras paradas, Importante lembrar que a fabricante aconselha realizar manutenções a cada 10 mil quilômetros ou 12 meses. A garantia é de três anos.
Concorrentes
A briga na categoria de picapes médias não é nada fácil. A L200 enfrenta as versões mais caras de modelos como Toyota Hilux (atual líder do segmento), Chevrolet S10 e Ford Ranger, além de Nissan Frontier e VW Amarok.
Motorização
2.4, 16V, 4 cilindros
Combustível
Diesel
Potência (cv)
190 cv
Torque (kgf.m)
43,9 kgfm
Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
10,4 s
Velocidade máxima (km/h)
190 km/h
Consumo cidade (km/l)
9,2 km/l
Consumo estrada (km/l)
10,2 km/l
Câmbio
Automático de 6 marchas
Tração
4x4
Direção
Hidráulica
Suspensão Dianteira
Independente. duplo A
Suspensão Traseira
Eixo rígido
Freios Dianteiros
Discos ventilados
Freios Traseiros
Tambor
Pneus
265/60 R18
Rodas
18 polegadas
Altura (mm)
1795 mm
Comprimento (mm)
5300 mm
Entre-eixos (mm)
3000 mm
Largura (mm)
1820 mm
Ocupantes
5
Peso (kg)
1950 kg
Porta-malas (L)
1046 l
Tanque (L)
76 l
10.000 km
R$ 1.616,00
20.000 km
R$ 1.616,00
30.000 km
R$ 1.616,00
40.000 km
R$ 1.616,00
50.000 km
R$ 1.616,00
60.000 km
R$ 1.616,00
Seguro
R$ 13.407,00
Garantia
3 anos
Airbags Motorista
Airbags Passageiro
Airbags Laterais
Airbags do tipo Cortina
Airbags para joelho do motorista
Controle de Estabilidade
Controle de Tração
Freios ABS
Distribuição Eletrônica de Frenagem
Ar-Condicionado
Travas Elétricas
Ar Quente
Piloto Automático
Volante com Regulagem de Altura
Vidros Elétricos Dianteiros
Vidros Elétricos Traseiros
Central Multimídia
Rádio FM/AM
Entrada USB
Entrada Auxiliar
Banco de Couro
Banco do motorista com ajuste de altura
Bancos com ajustes elétricos
Desembaçador Traseiro
Computador de Bordo
Acendimento automático dos faróis
Faróis de neblina
Frenagem autônoma de emergência
Alerta de permanência em faixa
Sensor de pressão dos pneus
Sensor de pontos cegos
Alerta de colisão
Abertura elétrica do porta-malas
Faróis com regulagem de altura
Bloqueio do diferencial
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