Está cada vez mais difícil achar um carro esportivo 'de verdade' à venda por aí.

Quem gosta deste tipo de veículo tem poucas opções disponíveis em um mercado tomado por SUVs e sedãs. Felizmente existem exceções - e uma delas atende pelo nome de Honda Civic Si.

Lançado em 2007 na forma de um sedã fabricado no Brasil, o Si formou uma legião de fãs e já teve outras duas gerações por aqui. A mais recente delas estreou em 2018 e acaba de receber retoques sutis no visual.

Por R$ 179.990, ele não é exatamente barato, mas promete valer cada centavo investido. Será que é isso mesmo? Confira a resposta na avaliação de UOL Carros.

Honda Civic Si

Preço

R$ 179.900

Carros

4,3 /5

USUÁRIOS

4,0 /5

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ENTENDA AS NOTAS DA REDAÇÃO

Consumo

5,0

Números foram muito bons durante nossa avaliação, com média de 13,5 km/l

Desempenho

5,0

Motor 1.5 turbo não é 'girador' como nos modelos aspirados, mas empolga bastante

Design

5,0

Estilo futurista do Civic sedã ganha mais pimenta na versão Si e torce pescoços pelas ruas

Equipamentos

4,0

Bem equipado, cupê ganhou itens como sensor de chuva e carregador de celular por indução

Espaço Interno

3,0

Espaço é bom na frente e ruim atrás, especialmente para pessoas mais altas

Manutenção

4,0

Revisões seguem valores das demais versões do Civic, o que é sempre bom

Segurança

4,0

Sai de fábrica com 6 airbags, ESP, controle de tração e assistente de partida em rampas

Pontos Positivos

• Desempenho
• Design

Pontos Negativos

• Preço
• Espaço interno

Veredito

Pode ser difícil convencer alguém a pagar R$ 180 mil em um sedã com duas portas e câmbio manual. Mas quem gosta do Civic Si não liga para nada disso. Pelo contrário: aí é que está a graça do carro. Melhor do que isso só o desempenho do motor 1.5 turbo, capaz de fazer um pacato motorista perder a linha em segundos. Botando um pouco a emoção de lado, precisamos admitir que o Si é caro. Por esse preço é possível comprar carros mais sofisticados e potentes. Mas se isso for suficiente para demovê-lo da compra, vá fundo: o cupê da Honda é diversão garantida para todas as horas.

Faz dois anos que a atual geração do Civic Si está entre nós. E nem parece: as linhas do cupê continuam atuais.

Discretíssimas alterações foram feitas na linha 2020, que trouxe novas molduras para os faróis de neblina, novas lentes para os faróis em LED, faróis de neblina em LEDs, rodas de liga leve de 18 polegadas redesenhadas e com acabamento em preto, novo para-choque traseiro e detalhes na carroceria em preto fosco.

O resultado final ficou muito bom e o Si continua torcendo pescoços por onde passa. A frente realça o estilo esportivo do sedã com os detalhes em preto, embora a silhueta esguia do sedã fique um pouco desproporcional com as portas gigantes e a traseira mais alta.

E já que falamos na parte de trás, as belas lanternas em formato de bumerangue têm formato diferente do sedã e parecem quase incorporadas ao discreto aerofólio.

Por dentro, a cabine tem vários detalhes pintados em vermelho. O painel de instrumentos parcialmente digital (os marcadores de temperatura e combustível são analógicos) realça a iluminação na mesma cor.

Os confortáveis bancos do tipo concha abraçam os ocupantes e possuem abas pronunciadas que são muito importantes em uma condução mais "quente". A posição de dirigir é boa como no sedã e o condutor tem um bom campo de visão para um cupê.

Só não dá para esperar tanto espaço interno, especialmente no banco de trás: a curvatura do teto faz com que duas pessoas viajem bem, desde que não sejam muito altas.

Grande estrela da versão Si, o motor 1.5 turbo não decepciona.

Com 208 cv e 26,5 kgfm de torque máximo, ele enterra qualquer receio que os fãs do carro tinham quando souberam que a motorização aspirada sairia de cena.

É verdade que ele perdeu parte do comportamento explosivo das antigas gerações, especialmente o Si nacional, que passava dos 8 mil giros. O lado bom é que toda a força já surge após as 2.000 rpm, fazendo do cupê um carro bem mais esperto nas baixas rotações.

Infelizmente, a Honda não divulga número de desempenho. De toda maneira, senti falta apenas de um ronco mais alto, e olha que a Honda oferece um sistema que aproveita o som do carro para amplificar o barulho do motor.

Elogios rasgados para o câmbio manual de seis marchas. A caixa tem engates justos e precisos, como manda a cartilha do bom esportivo. As trocas podem ser feitas rapidamente, e contam com o auxílio de um shift light instalado no painel. Segundo a Honda, as relações foram encurtadas em 6% frente ao Si vendido até então para melhorar a aceleração.

O lado bom é que o cupê também é econômico. Durante nossa avaliação, que incluiu 70% do percurso em rodovias e o restante na cidade, a média informada pelo computador de bordo foi de bons 13,5 km/l.

Juntamente com a atualização visual, o Civic Si ganhou equipamentos.

Agora ele traz central multimídia com tela tátil de 7 polegadas e suporte a Android Auto e Apple CarPlay, sensor de chuva e carregador de celular por indução.

Estes itens se somam a um pacote que inclui 6 airbags, controles de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas, ar-condicionado digital com duas zonas de temperatura, piloto automático, freio de estacionamento elétrico, rodas de liga leve de 18 polegadas, destravamento das portas sem chave, partida do motor por botão, teto solar elétrico e câmera lateral no espelho retrovisor direito.

Apesar de não praticar preços tabelados (deixando cada concessionária livre para cobrar o quanto desejar), a Honda classifica o Si no mesmo grupo das demais versões do Civic. É uma boa notícia, considerando que o sedã não tem valores acima da média dos rivais.

Na segurança, o esportivo é importado com 6 airbags, controles de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas e câmera com visão lateral.

Sem concorrentes diretos desde a despedida do Golf GTI, o Civic Si encara outros modelos na mesma faixa de preço.

Dois sedãs surgem como modelos com propostas semelhantes para o mesmo público.

O Subaru WRX sai por R$ 188.900 e traz um motor 2.0 com 270 cv e pode ser encomendado com câmbio manual ou CVT. Já o VW Jetta GLI é movido por um 2.0 turbo de 230 cv e custa R$ 167.150.