Alguns motoristas já devem ter percebido um equipamento um pouco fora do convencional junto a radares em avenidas e estradas brasileiras.
Trata-se de uma estrutura piramidal instalada no poste, logo abaixo de onde está o equipamento de fiscalização veicular.
3.out.2023-Bruno Escolastico/Ato Press/Estadão Conteúdo
Em outros casos, o poste onde fica o radar traz um apêndice com formato parecido, composto por tiras metálicas dispostas como se fossem pétalas de flores voltadas para baixo.
Essa novidade é encontrada, por exemplo, em vias urbanas como a Marginal Tietê, na capital paulista.
Roberto Costa/Código19/Estadão Conteúdo
No entanto, não se trata de uma nova tecnologia específica para fiscalização de trânsito.
Na realidade, a "pirâmide" que acompanha não apenas radares, como também painéis solares e gabinetes para máquinas e circuitos eletrônicos, tem outra função:
Prevenir o furto dos equipamentos, cujos itens podem custar uma verdadeira fortuna.
Zanone Fraissat/Folhapress
No caso da pirâmide, ela não tem fundo, possibilitando a abertura da peça após o operador destrancar uma fechadura que tem em um dos seus lados.
Com isso, a equipe técnica regulamentada pode realizar seus trabalhos normalmente.
Já o outro modelo de proteção antifurto, que é o das tiras metálicas, tem a mesma finalidade, embora seja mais simples.
Em resposta ao questionamento, a CET, responsável pelos radares instalados na Marginal Tietê, afirmou que o seu modelo antifurto recebe o nome de "chapéu chinês".
Fábio Vieira/Fororua/ Estadão Conteúdo
Por enquanto, o dispositivo ainda está em fase de testes e foi instalado apenas nos locais onde a incidência de furtos é mais alta.
RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Segundo fontes consultadas, os radares de fiscalização de trânsito são equipamentos que costumam passar dos R$ 100 mil e podem custar mais de R$ 150 mil.
Isso porque, dentro dos postes de radares, além de câmeras e processadores, há uma grande quantidade de placas eletrônicas, além de fios de cobre.