Advogada expõe sua versão após ser presa por morder pessoas na Sapucaí

Danielle Buenaga de Azevedo, 45, foi presa durante festa de carnaval em um dos camarotes da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro.

O que aconteceu

De acordo com fotos divulgadas na web e relatos da Guarda Municipal, a advogada foi detida após atacar pessoas com mordidas. Com isso, Danielle responderá pelos crimes de lesão corporal, resistência e desacato.

Nesta segunda-feira (10), a mulher, que ganhou o apelido de 'Vampira da Sapucaí', se defendeu das acusações. Ela ainda alegou que agiu por legítima defesa.

Em entrevista ao Extra, Danielle nega a versão do boletim de ocorrência, que diz que a mulher estava mordendo pessoas no camarote para ter uma visão privilegiada dos desfiles. De acordo com a advogada, ela chegou cedo no local para assistir ao desfile da escola Mocidade.

Após escolher um lugar perto da grade, deixou a bolsa com um amigo e foi até o fumódromo do espaço. Ao tentar retornar ao Camarote Arpoador, onde estava e pagou pelo ingresso de R$ 2,2 mil, foi impedida pelo segurança. "O funcionário pediu meu ingresso e eu disse que já estava lá dentro, e só saí para fumar. Ele, então, informou que eu não poderia entrar a não ser que mostrasse o ingresso no celular. Argumentei que minhas coisas ficaram lá dentro com meu amigo e pedi para que alguém o chamasse. Ele disse que não podia fazer isso nem ninguém", relatou.

Danielle disse que ficou nervosa com a situação. "Comecei a ficar tensa, a escola passando, e eu sem poder assistir. Ele disse que na porta eu não podia ficar e que teria de ir embora. Gente, como ir embora? Além do gasto altíssimo que tive, eu sequer tinha minha bolsa. Ia sair dali como? Aí, fiquei nervosa. Foi quando ele chamou os guardas municipais que faziam ronda, e sem me perguntarem o motivo, já foram me levando e me arrastando".

Após o ocorrido, a advogada explicou que passou por momentos de tensão. "Um guarda me deu um mata-leão, me enforcando. Aí, sim, eu mordi o braço dele para me defender. Foi legítima defesa. Eu nunca me senti tão impotente. Uma mulher sozinha, com vários guardas em cima, e ninguém fez nada. Eu não sabia para onde estavam me levando, pois eles não falavam. Eu tive medo de sumirem comigo, sei lá. Todos os dias nesse país pessoas somem do nada. Me desmoralizaram, me acusaram de coisas que eu não fiz e não tiveram o menor cuidado, além de quebrarem todos os protocolos de conduta. Jamais poderiam me algemar daquele jeito, com braços para trás. Estou toda machucada. E era uma guarnição ligada à Lei Maria da Penha! Se eu fosse um homem, teriam feito isso?", desabafou.

Em suas redes sociais, a mulher compartilhou imagens de roxos pelo corpo. "Então, eu sou levada para uma delegacia e as vítimas não? Onde elas estão? Passados três dias, nenhuma pessoa que supostamente eu teria mordido apareceu para me acusar. Forjaram uma história para não assumirem o erro na entrada do camarote. Eu comprei um serviço, sou consumidora. Não paguei barato e não tive qualquer apoio. Então, você acha que se eu tivesse mordido alguém lá dentro, as pessoas não iriam se juntar e me dar uma surra? Ou a segurança me jogar para fora? Inventaram tudo isso e jogaram para o público desacreditar da minha versão, uma louca sem dente que morde pessoas num camarote. Surreal. Vivi um filme de terror", completou.

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