'Cansaço nem bate': quanto ganham os cordeiros no Carnaval de Salvador?

Os cordeiros, profissionais que seguram as cordas que cercam os trios elétricos, ganham R$ 100 por desfile no Carnaval de Salvador. Profissionais controlam o fluxo em volta dos veículos e acesso dos membros do bloco, evitando os "penetras".

Reajuste para os cordeiros

Valor mínimo era de R$ 80 em 2024. Aumento foi regulamentado em acordo entre o Sindicato dos Trabalhadores Cordeiros da Bahia (Sindcorda) e o Ministério Público do Trabalho concluído em janeiro deste ano.

Não é o ideal, mas é o mínimo que conseguimos estabelecer neste momento para garantir melhores condições aos cordeiros. Alguns blocos podem pagar mais
Matias Santos, presidente da Sindcorda, em comunicado no dia 15 de janeiro

Pagamentos podem ser maiores de acordo com o trio elétrico.
Jorge Xavier, 70, trabalha no veículo comandado pelo cantor Luiz Caldas por R$ 110

Trabalho como cordeiro desde criança. Eu sou fã de Luiz Caldas, é um prazer estar aqui. Trabalho por amor, só na tranquilidade
Jorge Xavier em papo com o UOL

Maioria participa de apenas um trio elétrico por noite. No circuito Dodô, eles completam o trajeto de aproximadamente 4,5 km segurando as cordas, permitindo entrada somente dos funcionários e detentores das pulseiras e abadas do bloco. Eles podem demorar até seis horas para concluir percurso com o trio.

Dependendo do swing e do pagode, o cansaço nem bate
Matheus Santos, 22, em conversa com o UOL

A experiência não vale apenas para quem já está há tempos na folia. Fabrícia Pereira, 18, está estreando na função e gostou da experiência. "Uma das melhores coisas foi poder acompanhar a passagem do Ara Ketu no circuito", contou.

15 mil cordeiros trabalharam durante o Carnaval de Salvador em 2024, segundo estimativa da Sindcorda. Instituição ainda não divulgou atualização considerando este Carnaval. Contratos são regulamentados e possuem multa prevista entre R$ 12 mil a R$ 30 mil de acordo com cláusulas descumpridas, informou à Agência Brasil no ano passado.

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