
Cinco pessoas caíram após a rede de proteção ceder no Camarote Glamour, em Salvador, no último sábado. O local já vinha gerando polêmicas desde o início do Carnaval devido à construção de uma estrutura apelidada de "Passarela do Apartheid" por moradores da região.
O que aconteceu:
Vítimas sofreram arranhões e ferimentos leves. "Elas foram atendidas e não apresentaram dificuldades de locomoção. Inclusive, a maior parte permaneceu no local e permaneceu celebrando", diz a equipe do camarote em nota oficial.
Rede de proteção com eucalipto cedeu por uso indevido, informou o camarote em nota oficial. Vítimas caíram em matagal dois metros abaixo, segundo relato do site Bahia Notícias.
Camarote informou que nova inspeção foi realizada pela fiscalização do Carnaval local durante o domingo. "O trecho foi reforçado, inclusive com a presença de seguranças. Incidentes não se repetiram no domingo de Carnaval", destacou.
Relembre o caso da 'passarela do Apartheid'
Camarote Glamour também se envolveu em polêmica com o Procon da Bahia. Espaço foi autuado por problemas de acessibilidade e sinalização. Segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, multas estipuladas podem chegar a até R$ 6 milhões.
O nome foi dado por moradores da região, segundo a revista Veja. A passarela foi criticada por bloquear ruas, prejudicar fluxo de carros e provocar impactos ambientais, conforme os relatos divulgados pelo site da revista. Apartheid foi o regime de segregação racial imposto por quase 50 anos na África do Sul.
Moradores também apontaram problemas na estrutura. Eles mostraram bases de concreto soltas por baixo da passagem em vídeos divulgados nas redes sociais. Uma das imagens foi compartilhada por Russo Passapusso, vocalista do grupo BaianaSystem.
A passarela foi interditada pela Justiça na última quinta-feira, mas foi liberada no dia seguinte após a análise dos laudos técnicos. O Ministério Público da Bahia participou de uma inspeção no local acompanhado do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA), Corpo de Bombeiros da Bahia e da Secretaria de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Sedur).
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