Daniel Manzioni, rei de bateria da Acadêmicos do Tatuapé, diz que consegue economizar nas fantasias customizando e fazendo reciclagem.
Eu costumo falar que as pessoas exageram um pouquinho [nos valores]. Com o tempo vamos aprendendo a customizar coisas, aprendendo a comprar materiais mais baratos. Com cerca de R$ 3.000, R$ 4.000, eu faço uma fantasia. Eu gastei em torno de R$ 3.500 nessa fantasia, com a maioria das coisas recicladas.
Primeiro rei de bateria do Carnaval, ele vai se afastar da folia por um tempo. "Infelizmente, nós temos que fechar alguns ciclos. Eu vou ter que dar um até breve, não um adeus, mas um até breve. Preciso me afastar do Carnaval e, infelizmente, estou muito triste esses dias, chorei muito. Mas é uma decisão que eu tenho que tomar."
Ser pioneiro, para ele, foi difícil, mas recompensador. "Não é fácil, o pioneirismo sempre é muito difícil. Para mulher que é pioneira em alguma coisa também. Mas eu estou deixando um legado na história do Carnaval, abrindo para musos e passistas masculinos conseguirem espaços como reis de bateria também. Espero que venham mais."
O rei já é educador físico, então não tem muito trabalho para manter a forma antes do Carnaval. "Eu trabalho com condicionamento físico todos os dias, então meu condicionamento já está em ordem. Dieta, a gente tenta segurar um pouco a boca, porque não tem jeito. Cuido um pouco mais da pele, do corpo, só isso."
Daniel rejeita os "fiscais" de samba no pé. "Tem que ver se as pessoas que estão fiscalizando sambam. Eu sou coreógrafo, dançarino, tenho o meu samba no pé, mesclo masculino com feminino, mas cada um tem o seu samba. Acho que todos são válidos. O Carnaval é múltiplo, tem que agregar todo mundo."
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