O que aconteceu com dona de camarote que cozinhava em banheiro da Sapucaí?

Uma notícia deixou os foliões horrorizados durante o Carnaval 2024: o camarote Lounge Sapucaí armazenava e preparava alimentos dentro de um banheiro, na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro.
À época, Sefora de Oliveira, dona do buffet, e Ayla Amansio, responsável pelo espaço, foram presas em flagrante por crime contra as relações de consumo. Elas prestaram depoimento e foram liberadas.
Cerca de um ano depois, no entanto, o que aconteceu com as duas? O UOL teve acesso ao resultado da audiência que colocou um ponto final na história.
O Ministério Público ofereceu (e elas aceitaram) um acordo. Elas concordaram com o pagamento de quatro salários-mínimos, no prazo de oito meses, ao Batalhão Especial de Policiamento em Estádios do RJ. As responsáveis pelo local confessaram os crimes, conforme mostra documento obtido pela reportagem.
Juiz responsável pelo caso aprovou o acordo. Depois de analisado pelo MP, as partes confirmaram não ter contestações ou acréscimos a fazer, concordando integralmente com os termos.
Procurada pelo UOL a defesa de Sefora e Ayla não quis comentar o assunto.
Como será o controle durante o Carnaval 2025? Segundo a Prefeitura do Rio, "profissionais do Instituto de Vigilância Sanitária do município (IVISA-Rio) farão ações para fiscalizar o cumprimento das normas sanitárias". Elas devem ocorrer nos dias de desfiles da Série Ouro, do Grupo Especial e das Campeãs.
O caso

As responsáveis pelo espaço foram presas, no dia 11 de fevereiro de 2024, e soltas após prestarem depoimento na delegacia. À época, a Vigilância Sanitária constatou que o camarote Lounge Sapucaí armazenava e preparava alimentos dentro de um banheiro.
As prisões foram feitas durante ação conjunta entre a Polícia Civil, o Instituto Municipal de Vigilância Sanitária e o Ministério Público do Estado. Cerca de 500 quilos de alimentos foram descartados. Segundo o MP, o local também não possuía refrigerador para o armazenamento da comida.
A Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) informou que o camarote não possuía autorização para a instalação e operação de uma cozinha no local. A Liga também ressaltou o "compromisso contínuo com a segurança e excelência em todos os aspectos dos desfiles".
O Lounge Sapucaí admitiu que enfrentou um "pequeno problema com a vistoria da Vigilância Sanitária", mas negou que os funcionários tenham manipulado alimentos dentro de banheiros. "O espaço apresenta apenas banheiros semelhantes a banheiros químicos VIP, impossibilitando assim qualquer alimento nesse espaço".
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