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Lavagem da Sapucaí completa 15 anos e reforça união de fé no Carnaval

No último teste de luz e som antes dos desfiles oficiais, a Sapucaí recebeu a tradicional Lavagem, que completou 15 anos. O ritual, conduzido por baianas, sambistas e líderes religiosos, tem como objetivo purificar simbolicamente a Avenida e pedir passagem para a folia.

Durante o evento, o prefeito Eduardo Paes decretou a cerimônia como Patrimônio Histórico Cultural da Cidade.

"É um momento muito especial. Tem gente de todas as fés, e todo mundo vê o Sambódromo como um lugar de paz espiritual, de amor, de carinho, de alegria. O Rio é a celebração da vida, e eu acho que o Sambódromo é essa vida daqui", celebrou o prefeito, que, católico, diz sentir que Deus fica mais perto na Sapucaí.

O padre Robson Cristo de Oliveira, da Arquidiocese do Rio de Janeiro, destacou o significado do ato: "Lavar também significa transformar, resgatar o primeiro amor, voltar ao passado e seguir purificado para o presente."

Já o pastor Cosme Felipsen, da Assembleia de Deus, celebrou a participação dos evangélicos no ritual. "O Carnaval não é do demônio, e sim dos cariocas", declarou ao microfone.

Ele ressaltou que muitos evangélicos respeitam a diversidade religiosa e que manifestações de fé são parte da ancestralidade africana:

"O negro, o periférico, quando se reúne, canta pelo colorido das suas roupas, pelo suor do corpo, estremecendo e recebendo o divino. Dançar no culto, manifestar o divino a partir do corpo é nossa ancestralidade africana, independentemente da umbanda, do candomblé ou da assembleia de Deus. O meu Deus dança."

Nesta noite, se apresentam Salgueiro, Grande Rio, Imperatriz Leopoldinense e Viradouro.

Os desfiles do Grupo de Acesso começam na sexta-feira, 28.

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