Bloco da Cracolândia ganha as ruas: 'Resistência à marginalização'

Neste sábado (22), o Blocolândia celebra o nono desfile, marcando presença cultural na Cracolândia, região central de São Paulo.

O que aconteceu

Criado há dez anos por ativistas e moradores locais, o bloco é uma manifestação importante da área. A concentração será às 13h, no Teatro do Container, próximo à estação da Luz.

MC Docinho, nome artístico de Aline Cristina de Jesus, atualmente redutora de danos e artista, é uma das figuras mais ativas do cortejo. "Minha função é participar do desfile e apoiar o bloco, apoiar meus irmãos da rua. É importante mostrar para quem nunca olhou para essa realidade que aqui existem seres humanos", afirma Aline.

Ela também defende a expansão do Blocolândia. "A população precisa somar, olhar para quem está na rua e incorporar essas pessoas à sociedade."

Aline Cristina de Jesus (MC Docinho) durante apresentação em bar na região central de São Paulo, em 2024
Aline Cristina de Jesus (MC Docinho) durante apresentação em bar na região central de São Paulo, em 2024 Imagem: Luca Meola

O fotógrafo italiano Luca Meola, que mora no Brasil há dez anos e acompanha de perto a Cracolândia desde 2018, vê o Blocolândia como uma importante expressão comunitária. "É um ponto de encontro de ativistas, artistas e usuários, onde todos se unem para celebrar. Ele representa uma forma de resistência à marginalização imposta na região", observa Luca.

O bloco, que conta com a autorização da prefeitura, tem sido essencial para transformar a percepção da comunidade sobre a Cracolândia.

Serviço:

Desfile de Carnaval do bloco de rua Blocolândia
Data: 22/02 (Sábado)
Horário da Concentração: 13h
Local: Teatro do Container - Rua dos Gusmões, 43 (próximo à Estação da Luz)

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