Musa da Tijuca usa fantasia de R$ 30 mil com tapa-sexo: 'Xixi só no fim'

Geisa Eloy caprichou na fantasia para o ensaio técnico da Unidos da Tijuca, segunda escola a cruzar a Marquês de Sapucaí neste sábado (25). Musa da agremiação, ela usou uma fantasia de R$ 30 mil.
Com um vestido recortado, cheio de pedrarias e transparências, Geisa, conhecida como a Musa Agro, precisou recorrer ao tapa-sexo para não mostrar demais:
Está confortável. Tem uma fita de proteção da cor da pele. Colei bem certinho. Consigo sambar e me sinto livre, leve e solta.

Geisa, no entanto, destacou um detalhe: "Não dá para fazer xixi. Xixi só no fim. Tenho que segurar. É um teste também para o dia do desfile." E, se no ensaio técnico a fantasia já foi puro glamour, Geisa
afirma que virá ainda mais poderosa no dia do desfile: "Meu estilista, Alex Castro, falou o preço e eu não discuti. Eu não gosto de ficar falando muito de valores, mas vou caprichar com certeza, vai ser babado, confusão e gritaria. O pessoal da Tijuca fala que eu sou a musa glamour".
Para o segundo ano desfilando na Unidos da Tijuca, Geisa avisa: "Vim no primeiro ano, mais tranquila, silenciosa. Esse ano estou vindo preparada. Fiz aulas de samba. Quero entregar tudo de mim".
Beija-Flor na rua
Com enredo que faz referência a Laíla, um dos maiores nomes do Carnaval carioca, ressaltando a sua importância para o samba e também a sua fé, a Beija-Flor de Nilópolis realizou mais um ensaio de rua na noite deste sábado, 25. A crença de Laíla, aliás, serviu de inspiração para a Musa da agremiação nilopolitana, Savia David, que desfilou muita elegância e samba no pé vestida de Iemanjá.

"Eu sempre gosto de buscar referências no enredo da escola para montar os meus figurinos. E esse ano tem sido muito especial, porque o Laíla faz parte da minha história no Carnaval, o convite dele foi o ponto de partida para todo esse amor que tenho pela Beija-Flor. E entre tantas lembranças que tenho dele, talvez a mais forte seja a fé. Ele sempre clamou por tolerância religiosa, professando a sua Fé em Deus e também reverenciou a força do Axé dos Orixás e das crenças de matrizes africanas", pontuou Savia.
"Beija-Flor também é uma escola que está muito ligada à religião. Está sempre procurando incluir nas letras de seus sambas nomes representativos de divindades e entidades do candomblé e outras culturas afro-brasileiras. E inclusive já se envolveu em polêmicas por abordar religião, sendo vítima de censura no Carnaval.
Ela afirma que um dos maiores exemplos disso é o Carnaval de 1989, com o enredo 'Ratos e Urubus, larguem minha fantasia. "Quando a imagem de Jesus, em forma de mendigo, foi proibida pela Igreja de entrar na avenida e passou coberta por um plástico preto no dia do desfile, trazendo uma faixa escrita 'Mesmo proibido, olhai por nós'. Isso ficou na memória do Carnaval", relembrou.
Vestida com um micro vestido, com recortes na região do abdômen, fenda profunda e todo trabalhado nas conchas, pérolas e paetês, Savia criticou a intolerância religiosa e ressaltou a importância da fé. "É preciso, acima de tudo, ter respeito. As pessoas são diferentes e podem, sim, ter religiões diferentes. O mais importante disso tudo é a fé, seja ela no que for, porque é a fé que te ajuda a passar por situações das mais diversas", contou.
Savia, que também atuou como Rainha de Bateria no Carnaval de São Paulo por sete anos, mostrou que a relação com o carnaval na Terra da Garoa anda muito bem. A beldade, que participou como convidada do evento de escolha da Corte Real do Carnaval de São Paulo, voltou da eleição direto para Nilópolis, para receber junto com a Beija-Flor, a sua coirmã Imperatriz Leopoldinense, para mais um encontro de Quilombo, como tem sido chamado os ensaios de Rua da escola.
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