
Foliões lotaram a rua Frederico Abranches, no bairro de Santa Cecília, na região central de São Paulo, onde ocorreu o ensaio do bloco Cecílias e Buarques, neste sábado (25). Por volta das 18h, grande parte dos participantes ainda permanecia no local, apesar do encerramento do ensaio do bloco - horário considerado cedo por muitos, que expressaram sua insatisfação.
Alguns foliões apostaram na criatividade para aproveitar a festa com estilo. O decorador Rafael Macedo,35, vestiu-se de cuscuz amarelo e dourado, justificando com bom humor a escolha do figurino: "É para as pessoas comerem gostoso".

Acostumado, a curtir o Carnaval em vários blocos, Rafael revela que planeja suas fantasias com meses de antecedência. Ele revela ainda que conta com o apoio do estilista Walério Araújo para produzir boa parte dos looks. "Tenho fantasias de super heroi a bruxa, até magos incríveis. Amanhã vou ao bloco do Baixa Augusta, mas não posso contar a fantasia, é surpresa."
O professor Jorge Barreto, 36, escolheu um cocar de penas para homenagear os povos originários e complementou o visual com um megafone branco pendurado no pescoço, garantindo que pudesse se comunicar facilmente com as pessoas. Ele revelou que costuma planejar suas fantasias de Carnaval em novembro, mantendo um acervo de 15 figurinos em casa, que variam desde personagens como Aladim até abelhas.
"Eu participo de todos os blocos de que fico sabendo. Curto o pré-Carnaval em São Paulo e depois vou para o Rio para aproveitar o Carnaval. Sempre levo minhas fantasias na mala sem perrengue, geralmente faz muito calor e uso mais acessórios, faço uma vibe mais lúdica", explica Barreto.

"Nathalia Fernandez, 39 anos, que atua em uma agência de marketing, escolheu uma fantasia de onça para sua estreia no bloco Cecílias e Buarques. Com tiara de orelhas e roupa estampada com pele do felino, ela revelou sua empolgação: "Estou animada para acompanhar esse início de Carnaval e já estou planejando mais fantasias para curtir outros blocos. Quero me fantasiar de Barbie e de Constelação."
Sem fantasia, mas com leque
O gerente de contas Saulo Vieira, 31, preferiu não usar fantasia para curtir o Carnaval, mas fez questão de levar um leque, comprado online, para enfrentar o calor de mais de 30°C que atingia a capital. Ele disse que comprou o acessório pela internet e vai levar para todos os blocos, inclusive em Belo Horizonte, sua cidade natal, onde pretende passar o Carnaval. "O bloco foi maravilhoso, mas duas horas é muito pouco, esperava mais tempo", disse o folião.

O publicitário Gustavo Saab, 35, desembolsou R$ 40 por um leque comprado de um ambulante no local para se aliviar do calor. Ele contou disse empolgado que o acessório é de madeira e é fruto de uma iniciativa local feita por uma família. "Vou levar o leque para outros blocos. A noite é uma criança", afirmou animado.
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