Viseira, água e identificação nas crianças: foliões dão dicas nos blocos

Com temperaturas que ultrapassaram os 30°C, no Carnaval do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, foliões sentiram a necessidade de usar e abusar do chapéu e protetor solar.

O que aconteceu

Uma multidão se reuniu na região para o bloco de Pabllo Vittar. Tanto que mesmo com todos os cuidados, alguns fãs passaram mal a ponto de paralisarem a apresentação. A drag chegou a oferecer água do trio para os foliões quando percebeu haver muita gente com sede.

Rafael Martins, 27, não dispensou seu chapéu de policial. "Não saio sem um boné de casa, é a minha maquiagem", brinca o folião. "Estou investindo pesado na skincare, não vou estragar a pele do meu rosto, mas também não vou deixar de curtir. Vou me proteger o ano inteiro".

Curtindo o Carnaval em família, Sueli Burato, 59, também estava bem protegida. "Hoje, a minha proteção inclui protetor solar, chapéu, muita água e a cervejinha", comentou ela, que já curtiu o Baixo Augusta e Pabllo Vittar.

Ela se animou a acompanhar outros blocos. "Está tudo maravilhoso, sabendo curtir com consciência o sol não atrapalha em nada o Carnaval."

A cunhada de Sueli, Marcia Burato, 66, recomenda investir em roupas bem frescas ao acompanhar os trios. "Eu vou bem fresquinha e com o meu chapéu até terça-feira (13)", comentava ela no domingo (11).

Sueli Burato, Antoninho Burato e Marcia Burato curtiram o Carnaval em família e com muita proteção
Sueli Burato, Antoninho Burato e Marcia Burato curtiram o Carnaval em família e com muita proteção Imagem: Laila Nery

Cuidados com as crianças

O casal Marina Marjorie Guccioni, 35 e Dalila Quelhas, 33, levou pela primeira vez os quatro filhos para conhecer a folia de perto. Antes disso, conversaram muito com as crianças e montaram planos para caso alguém se perdesse.

Continua após a publicidade

Não podíamos deixar de curtir o Carnaval. Vivemos as ruas lá atrás e queremos passar para eles o quanto isso é importante.
Dalila Quelhas

Para sair com as crianças, elas usaram pulseiras de identificação com os nomes das mães e telefones para contato. "Orientamos que, caso qualquer imprevisto pudesse ocorrer, eles deveriam, imediatamente, procurar um policial, ou alguém com a camisa rosa, da equipe de proteção às mulheres e crianças", explicou Guccioni. "As crianças sabem as nossas redes sociais. Foram orientadas a passar os nossos contatos e perfis, caso se percam."

As quatro crianças — Yuri, Beatriz, Anne e Duda — exibiram com orgulho as suas viseiras e bonés pela avenida, as mães ainda afirmaram que eles estavam utilizando proteção solar e bebendo muita água. "Não podemos deixar de viver o Carnaval por medo. Ele é uma forma de educação, respeito a tudo e a todos", completa a mãe.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.