Desmaio, história e encontro de musas: como foi o 1º dia do Carnaval de SP?

O Sambódromo do Anhembi recebeu nesta madrugada o primeiro dia de desfiles do Carnaval 2024.

A Camisa Verde e Branco abriu a noite com Adriano Imperador e desmaio na ala das baianas. Com o enredo "Adenla - O imperador nas terras do rei", a Camisa Verde e Branco uniu história e futebol ao homenagear reis africanos e o ex-jogador de futebol Adriano Imperador como exemplos de resistência negra. Uma mulher desmaiou na ala das baianas e logo foi socorrida pelos bombeiros no local. Na concentração, a escola levou um susto ao ter dificuldades para manobrar um carro, mas tudo correu bem na avenida.

A Barroca Zona Sul celebrou a própria história com um time de famosas. A escola apresentou o enredo "Nós nascemos e crescemos no meio de gente bamba. Por isso que nós somos a 'Faculdade do Samba'. 50 anos de Barroca Zona Sul" passeando por Carnavais passados e contando sua história sob a ótica do fundador Sebastião Eduardo do Amaral, o Pé Rachado. Juju Salimeni, a campeã de A Fazenda Jaque Grohalski, a musa do OnlyFans Kerolay Chaves e a ex-BBB Ivy Moraes desfilaram na avenida.

A Dragões da Real também homenageou as realezas africanas. Com o enredo "África - Uma constelação de reis e rainhas", a escola focou na riqueza cultural, natural e espiritual do continente e representou uma África luxuosa em todo o desfile. A Dragões exibiu um desfile ostentoso, abusando de texturas, franjas, penas, estampas animais e tons terrosos e dourados nas fantasias e nos carros alegóricos.

A Independente Tricolor encerrou os enredos afro da noite contando a história do único exército feminino da história. Com o enredo "Agojie, a lâmina da liberdade", a Independente celebrou a força da mulher preta e destaca a história das agojie, símbolo de resistência e eficiência, que defendeu o Reino do Daomé, atual Benim, entre os séculos 17 e 19. A escola trouxe Mileide Mihaile como rainha de bateria e apostou em grandes esculturas nos carros alegóricos e coreografias elaboradas no chão.

A Acadêmicos do Tatuapé deu um show de criatividade com um arraiá na avenida e um abre-alas "de barro". A escola apresentou o enredo "Uma joia da Bahia, símbolo de preservação! Entre cantos e tambores. Viva a Mata de São João", homenagem ao pequeno município conhecido por suas belas praias e paisagens exuberantes. Reforçando o teor artesanal do enredo, a escola trouxe uma caravela que simulava uma escultura de barro no abre-alas. Depois, estendeu bandeirinhas de festa junina pela avenida e armou um arraiá para representar a festa de São João local. As baianas fizeram jus ao nome da ala, trazendo tabuleiros com doces e acarajés.

A Mancha Verde misturou samba com sanfona para homenagear a agricultura nacional. Com um desfile colorido, a Mancha passeou pelas colheitas brasileiras com alas dedicadas à soja, ao café, ao cacau, ao milho e à pecuária, com bois, galos e porcos, além de revisitar a história e celebrar a religiosidade. Viviane Araújo, rainha de bateria da Mancha há 18 anos, usou botas e um chapéu brilhante de vaqueira para combinar com o enredo.

A Rosas de Ouro foi a responsável por encerrar o primeiro dia de desfile no Sambódromo do Anhembi. A escola de samba apresentou um desfile lúdico, que foi feito em homenagem ao Parque Ibirapuera, um dos maiores cartões postais da capital paulista. Rita Lee, outro nome importante para a cidade de São Paulo, também foi lembrada pela escola. Ela faleceu em maio de 2023.

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