Conteúdo publicado há 10 meses

Bloco no Rio atrai todas as tribos com folia em terra e mar

Sair do Centro do Rio para curtir um bloco, na Ilha de Paquetá. É um programa que deve constar na lista de todos os foliões cariocas e visitantes. A distância de 1 hora e 10 da Praça XV, Centro da cidade, é só um detalhe. A festa começa antes da festa. Nas barcas, único meio de transporte que liga à Ilha ao continente. Mas não só. Com todo tipo de música, em ritmo de Carnaval, o bloco Pérola da Guanabara foi o fervo deste sábado (3).

O que aconteceu

O bloco abriga todas as tribos. E já ganhou amantes de primeira viagem. "É maravilhoso. Vem todo mundo: hétero, bi, gay, lésbica. E, o melhor, todos se respeitando e curtindo em harmonia. Melhor bloco que já fui", conta Aline Mello, psicóloga de 39 anos.

Aline foi com o amigo Marcelo Jannuzzi, e entraram no ritmo dessa aventura carnavalesca marítima. As fantasias eram boias e óculos de natação. Confessaram que estavam preparados para tudo. Até para não chegar.

"Como a gente ia atravessar a Baía de Guanabara, viemos numa coisa meio náutica. No mínimo, se desse alguma treta a gente já pulava na baía de Boia e felizão", brinca Marcelo.

Tranquilidade foi a aposta dos amigos Aline e Marcelo e de todos que conversaram com SPLASH. "É Rio de Janeiro sem ser Rio de Janeiro. A ideia é brincar o carnaval sem ter aquela coisa de ter que ficar olhando pro lado, com a mão no bolso. Aqui é tem essa paz", disse Aline.

O casal Carollyne Lage e Thiago Gico já é frequentador assíduo do bloco e não se importa de sair de Bangu, Zona Oeste, da cidade às 5h30 da manhã para curtir a paz da Ilha de Paquetá. "Esse bloco é mais tranquilo. A gente ama vir para cá", conta Thiago.

Mas nem todo mundo foi para pular no bloco. Outro casal, Lauro Alves e Maria Franco levaram uma bebida criada por eles para vender no Pérolas. Uma mistura de cachaça com café para arrecadarem dinheiro para o casamento deles, previsto para o fim do ano.

"Estamos felizes e comemorando por que vendemos todas as bebidas que trouxemos. Arrecadamos cerca de R$1.500,00", disse Maria.

Lauro conta que eles ficaram noivos há um mês e foi a primeira vez que saíram com essa criação própria. E a ideia é produziram mais bebidas para os cinco dias de Carnaval. "O feedback dos consumidores foi muito bom! Criamos esse drink num date que tivemos em Minas Gerais. Unimos duas coisas que amamos: cachaça e café. E um toque nosso", explica.

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Lauro Alves e Maria Franco
Lauro Alves e Maria Franco Imagem: Fábio Teixeira/UOL

Desde a barca das 7h da manhã foliões e músicas já faziam do trajeto até Paquetá a festa, antes da festa. Para a fotógrafa Milena Santacruz, está curtiu esse pré bloco "al mare" pela primeira vez e acha que não há nada mais carioca do que essa experiência. "Isso é Rio. Para mim isso representa muito o Carnaval. Você chega num lugar fechado, sem conhecer ninguém e está todo mundo, dançando, é uma família", disse ela.

Às 14h30, o cortejo do Pérola da Guanabara invadiu a barca que seguiu de volta para o Rio e foi só a continuação do fervo que ocupou a simpatia Ilha de Paquetá. Até quem não foi para Paquetá atrás do bloco, como um grupo de 26 idosas, curtiu a "Barcafolia" de improviso. Rita Alonso, organizadora do passeio, quer que a folia se permaneça durante todo o ano.

"Galera animada e respeitosa. Todo mundo assim, muito legal mesmo. Então enriqueceu bastante o passeio do nosso grupo", disse ela.

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