Blocos de Carnaval no Rio têm em média 50 ocorrências de saúde por desfile
É carnaval e os blocos estão pelas ruas do Rio de Janeiro. Para que tudo corra com segurança e tranquilidade, inúmeros profissionais são encarregados de acompanhar os cortejos, entre eles está Evandro de Lima, enfermeiro há 27 anos e que trabalha com o Carnaval há 3 anos.
Contratado pela prefeitura e atuando ao lado de um médico em uma das ambulâncias que acompanhavam o bloco "Imprensa Que Eu Gamo", na tarde deste sábado (27) no Rio, o profissional avaliou ao UOL os casos mais comuns que ocorrem nos blocos.
Evandro contou que, em média, são registradas cerca de 50 ocorrências por bloco. Ele trabalha com dois blocos por dia. Dessas ocorrências, 90% conseguem ser atendidas ali mesmo na ambulância; nas demais, os profissionais precisam encaminhar os pacientes para um hospital.
"Nossa função é prestar atendimento para as pessoas no bloco. A maioria dos casos a gente consegue atender por aqui mesmo. Quando a situação é mais grave, nós encaminhamos para o hospital mais próximo", contou.
Entre os casos mais comuns de atendimento, o profissional relata que a hipertensão é a mais comum, superando inclusive casos como consumo excessivo de álcool, brigas e torções.
"Pacientes que são hipertensos e vêm para locais muito quentes, com som muito alto, e o ambiente abafado, às vezes sem o uso correto do medicamento e com a mistura com álcool e alimentação inadequada, tudo isso faz com que sua pressão oscile."
Assim, o atendimento segue o procedimento: "Administramos a medicação, deixamos o paciente repousar por alguns minutos e verificamos a pressão. Se baixar, sugerimos que ele vá para casa".
Segundo o enfermeiro, até o momento da reportagem, no início da tarde ele já havia prestado 5 atendimentos: quatro por pressão alta e uma senhora que torceu o pé e precisou ser levada para o Souza Aguiar.
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