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Daniela Mercury quer influenciar política: 'Cultura precisa usar seu poder'

Daniela Mercury durante o bloco Pipoca da Rainha em São Paulo - André Porto/UOL
Daniela Mercury durante o bloco Pipoca da Rainha em São Paulo Imagem: André Porto/UOL

Anna Beatriz Oliveira*

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/02/2023 14h56Atualizada em 26/02/2023 15h36

Daniela Mercury, 57, deseja colaborar mais com a área de política, com foco na cultura, no atual governo do presidente Lula e na gestão de Margareth Menezes, que está à frente do Ministério da Cultura.

Em conversa exclusiva com o UOL na véspera do bloco Pipoca da Rainha em São Paulo, a rainha do axé afirmou que o setor tem demandas e precisa se organizar para usar todo o seu poder de influência na sociedade.

"Precisamos trazer a educação e a cultura para o centro do debate do Brasil para melhorar a nossa área do trabalho. O setor tem muitas pendências: a cultura precisa se organizar para usar o seu poder", disse a cantora.

Na passagem de som do bloco neste domingo (26), ela surgiu vestida de vermelho, com bandeira do Brasil na mão e gritou "viva a democracia".

Daniela afirma já fazer parte de um grupo jurídico cultural, com advogados e juristas, que trata de temas culturais importantes para propor ao atual governo.

"As pessoas olham a arte como algo periférico e pequeno. Mas a cultura é central: está em todas as áreas. Tudo o que fazemos no Brasil é cultura — festas, eventos, manifestações, feiras, exposições", contou.

É preciso trabalhar para fortalecer o vínculo da cultura com temas como clima, questões da democracia... O meu foco é ajudar a Margareth e as pessoas que estão ao lado dela com isso. Daniela Mercury

Daniela elogiou Margareth Menezes

Em entrevista ao programa Roda Viva (TV Cultura), Daniela afirmou o que espera da gestão de Margareth Menezes à frente do Ministério da Cultura.

"Tenho certeza que Margareth, pela trajetória e carreira dela, tem total capacidade para contribuir muito na reflexão de como podemos melhorar o ambiente cultural e fazer as políticas públicas relacionadas à cultura", disse.

Obviamente ela não é uma gestora pública — nenhum de nós, artistas, somos. Mas a contribuição dela é da percepção de representatividade: uma mulher negra, nordestina, uma cantora experiente, com carreira internacional e da periferia de Salvador. Daniela Mercury

*Colaborou Bruna Calazans, colaboração para o UOL, em São Paulo

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