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Prefeitura de São Paulo cancela Carnaval de julho por falta de patrocínio

Bloco Tarado Ni Você dá cor para o Carnaval de São Paulo no centro - Nelson Antoine/UOL
Bloco Tarado Ni Você dá cor para o Carnaval de São Paulo no centro Imagem: Nelson Antoine/UOL

Do UOL, em São Paulo

07/07/2022 14h46Atualizada em 22/07/2022 18h58

Exatamente um mês após anunciar o Carnaval de rua na capital paulista para os dias 16 e 17 de julho, a prefeitura de São Paulo cancelou o evento devido a falta de patrocínio.

A informação foi divulgada inicialmente pela CNN Brasil no programa "Live CNN" e confirmada pelo UOL. Eram esperados mais de 300 desfiles de blocos pelas ruas da cidade.

Procurados pelo UOL, a Secretaria Municipal de Cultura e a Prefeitura de São Paulo encaminharam nota explicando a decisão.

"A iniciativa veio para atender a um pedido da sociedade para a realização de um Carnaval fora de época, após o cancelamento do Carnaval de Rua devido à pandemia", disseram.

A nota explica ainda que a iniciativa seria inédita na história do Carnaval de São Paulo e chegou a lançar editais para captar recursos em duas vezes, sem sucesso. "Em nenhuma das ocasiões, houve interesse de empresas privadas no financiamento do evento", afirmam.

Responsável por organizar o Carnaval 2023, a Secretaria Municipal de Cultura informa que vai formar uma comissão representativa com os blocos de rua para que no ano que vem "o evento seja o maior e melhor Carnaval de Rua da história".

Confira a nota na íntegra

A Prefeitura de São Paulo informa o cancelamento do Esquenta Carnaval 2022, por falta de patrocínio. A iniciativa veio para atender a um pedido da sociedade para a realização de um Carnaval fora de época, após o cancelamento do Carnaval de Rua devido à pandemia. O planejamento contou com diversas reuniões com representantes de blocos carnavalescos, com o intuito de chegar a um modelo viável, em curto espaço de tempo, para atender ao desejo da população de celebrar uma das mais importantes festas populares da cultura brasileira neste momento de retomada de grandes eventos.

Para que tal iniciativa, inédita na história do Carnaval de São Paulo, se concretizasse, era necessário patrocínio. Por isso, a Prefeitura lançou um edital, com pregão realizado em 17 de junho e lance mínimo de R$10 milhões, para atender aos mais de 300 blocos que manifestaram interesse. Depois, a Prefeitura realizou um novo pregão nesta quinta-feira, 7 de julho, com edital no valor de R$6 milhões, readequando a proposta ao novo número de 216 blocos habilitados. Entretanto, em nenhuma das ocasiões, houve interesse de empresas privadas no financiamento do evento.

A Secretaria Municipal de Cultura será a organizadora do Carnaval 2023 e irá formar uma comissão representativa com os blocos de rua para que, no próximo ano, o evento seja o maior e melhor Carnaval de Rua da história.

Previsível

Na última semana, a Secretaria Municipal de Cultura e a Prefeitura de São Paulo já tinham informado ao UOL que o "Esquenta de Carnaval" só aconteceria caso existisse um patrocinador.

"A Prefeitura de São Paulo, por meio da SMC (Secretaria Municipal de Cultura), informa que o 'Esquenta de Carnaval' está confirmado, caso tenha patrocinador. O número de blocos divulgado é preliminar e pode ter alterações até a data do evento", informaram em nota.

Recentemente, a Prefeitura de São Paulo lançou um novo edital — mais barato — para os desfiles do evento.

A primeira licitação para escolher um patrocinador para a celebração foi publicada no Diário Oficial da cidade no dia 4 de junho, e vencia quem desse o maior lance, a partir de R$ 10 milhões. O prazo se encerrou no dia 17 de junho.

Em abril deste ano, durante o feriado de Tiradentes, além dos tradicionais desfiles das escolas de samba no sambódromo do Anhembi, diversos eventos e blocos de rua também aconteceram nas ruas da capital paulista — apesar da falta de acordo com a prefeitura.

Na ocasião, em conversa com a reportagem, Thais Haliski, coordenadora da Comissão Feminina do Carnaval de Rua de São Paulo, citou a falta de diálogo por parte da secretaria.

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