A Mocidade Alegre conquistou, na terça-feira (13), o seu 12º título do Carnaval paulistano.
Fundada em 1967, faz parte de uma segunda geração de grandes escolas e, assim que chegou entre as grandes, no início dos anos 1970, conquistou um tricampeonato, entre 1971 e 1973.
Voltou a vencer em 1980 e, nos últimos 20 anos, conseguiu a impressionante marca de oito campeonatos.
Nos últimos quatro Carnavais, venceu dois, e foi vice-campeã e terceira colocada nos outros anos.
Em meio a este desempenho impressionante, cabe o questionamento: o que faz a Mocidade Alegre ser uma escola tão competitiva? Algumas pistas são facilmente encontradas.
A Mocidade resiste às escolas de torcidas organizadas. Essa trajetória é impressionante se considerarmos que, nas últimas décadas, tivemos o surgimento de novas forças como Gaviões da Fiel, Mancha Verde e Dragões da Real.
A presidenta Solange Bichara conseguiu dotar a escola de uma invejável estrutura de Carnaval e sempre consegue se apresentar de forma competitiva.
O bicampeonato 2023/2024 foi com o carnavalesco Jorge Silveira. Igor Sorriso é um dos melhores intérpretes do Carnaval brasileiro e abriu mão do desfile da Sapucaí por acreditar no projeto da Mocidade.
Além disso, a Mocidade Alegre é uma das grandes embaixadoras do Carnaval paulistano. Extremamente acolhedora, sua quadra recebe um dos maiores eventos do universo das escolas de samba, as "24 horas de samba".
A escola tem uma forte relação com os sambistas cariocas. Principalmente com os do Salgueiro, onde, pelo menos uma vez por ano, marca presença.
Organização, bons profissionais, integração com outros públicos e abertura para novidades. Estas são as marcas da Mocidade Alegre que a fizeram competitiva em um momento de extremo profissionalismo e cada vez mais altos investimentos.