CarnaUOL dá o start na folia e adianta as tendências que você vai ver nos bloquinhos
Do UOL, em São Paulo Felipe Gabriel/UOL
Cabelo ok, make ok, fantasia ok, glitter ok. Os foliões do CarnaUOL mostraram que estão por dentro do hit do momento, "Tudo OK", de Thiaguinho MT, Mila e JS O Mão de Ouro, e prepararam um visual caprichado para a festa.
Quem ainda vai cair nos bloquinhos nas próximas semanas pode aproveitar para criar looks inspirados pelos foliões que passaram pelo Jockey de São Paulo.
O que vale para este ano? O que deixou de ser tendência? Bora ver o que os foliões estão usando e criar novidades!
No Carnaval passado, elas surgiram ainda tímidas, mas 2020 é definitivamente o ano das tiarinhas com mensagens. De repente, não mais que de repente, as Jennifers viraram Surtadas, inspiradas pelo hit de Tati Zaqui, OIK e Dadá Boladão. E as tiaras serviram para dar recados. Foi com a palavra "solteira" bem grande na cabeça que a agente de viagens Cássia Lima, 30 anos, garantiu crushes. A ideia de combinar as camisetas com as mensagens "ele não é o meu marido"/ "ela não é a minha esposa" com o amigo Glauber Andrade, 38 anos, também funcionou.
Se de um lado, as tiaras estão em alta, do outro, há tendências saindo de moda --e quem sai perdendo é quem guardou a fantasia do ano anterior. As coroas de flores e o chifrinho de unicórnio apareceram bem mais tímidos nesta edição do CarnaUOL. O negócio é deixar os acessórios no baú e investir em acessórios fáceis de encontrar e adaptar, como as ombreiras e as peças metalizadas. Quem for mais ousado pode também investir num no look diferentão e se sobressair. Afinal, Carnaval é tempo de liberar a criatividade!
As tiaras tradicionais também mostraram que seguem em alta. Coelho, gatinhos ou Mickeys são apostas certeiras. A publicitária Juliana Davila, 29 anos, combinou o look todo preto com as orelhas de gata.
"Eu tinha uma orelhinha sobrando em casa e estava sem criatividade. Dá para colocar um glitter e tudo certo", afirma.
Mas dá para usar orelhinhas e evocar uma fantasia com mais sensualidade para pular o Carnaval. Essa foi a ideia da empresária Katia Tornelli, 46 anos, e das amigas. "A gente veio como coelhinha da Playboy. É uma fantasia simples e divertida. É supertendência", declara.
Já Adriano Mariano, 35 anos, optou combinar com o noivo as orelhas cor de rosa. "A gente veio de coelhinho para sair um pouco da rotina. É sempre diabinho, ou anjinho", diverte-se ele.
É descolado e tem tudo a ver com o Carnaval. As ombreiras são lindas, incrementam qualquer look e custam pouquíssimo. Formada em moda, Karoline Tosi, 29 anos, preparou a sua na véspera do CarnaUOL e gastou apenas R$ 15. Ela conta como: "Comprei aqueles pompons de torcida, cortei ao meio e amarrei com uma fita de cetim da cor da minha blusa."
No rosto, outra tendência que já tinha surgido em 2019 e segue firme em 2020: as pedrarias. Só não pode esquecer de passar protetor solar antes de colar os brilhos para não ficar com marcas indesejadas no rosto, após enfrentar o sol. "No ano passado, a minha amiga se ferrou com isso e todas nós aprendemos. Passei um fator 70 antes de vir para cá."
As perucas têm dupla função. Dão um tom divertido e incrementam a produção. Há modelos que não são tão baratos, mas valem o investimento dependendo da fantasia. Pedro Henrique Bressianini gastou R$ 200 no cabelo e na roupa para ficar a cara de Ariel, sua princesa favorita da Disney.
Hit dos anos 1980 e persona non grata no visual por muitos anos, a pochete virou o jogo. Segura, ela fica coladinha ao corpo e tem o tamanho ideal para guardar celular, óculos de sol e o cartão do banco. O acessório completa o look de todo folião que preze pela praticidade, pela segurança e pelo estilo.
No rosto, no corpo, no cabelo, na barba. O glitter virou quase sinônimo de Carnaval. A tendência em 2020 é investir na versão biodegradável, aquela que não vai afetar o ecossistema quando for ralo abaixo depois daquele banho relaxante para se recuperar de um dia inteiro na folia.
Alguns figurinos carnavalescos acabam gerando polêmica. Os índios do Carnaval, por exemplo, sabem que podem ser acusados de apropriação cultural. O bancário Raphael Oliveira Martines, 26 anos, foi para a festa usando cocar e se defendeu das críticas. "Dizem que índio não é fantasia. Muita gente prefere olhar pelo lado do preconceito. No ano passado já havia usado o cocar e todo o mundo falou que era apropriação cultural. Muita gente se baseia nos pensamentos de outros. Eu chamo de valorização cultural", argumenta ele.
O Carnaval também é da diversidade, dos gays, das drags ou dos que se definem como sem gênero. A drag Lanna Flake, com 1,83 m de altura sem salto, conseguiu ser notada por Pabllo Vittar após marcar a cantora numa postagem do CarnaUOL. Pabllo repostou a imagem de Lanna em sua página, o que, para a drag, foi uma honra. "Gosto do Carnaval porque representa a diversidade em qualquer momento, em bloco hétero ou LGBT. O importante é o respeito. Ainda vejo um preconceito muito grande. Por que não aceitar as drags fora do Carnaval?", questiona.
