Valéria Valenssa sobre Globeleza 2020: 'Não gostei, preferia as pinturas'

Quando se fala em Globeleza, é impossível não lembrar de Valéria Valenssa sambando na telinha, nua, com o corpo pintado e cheio de purpurina. Ela ocupou o posto entre 1990 e 2004 e segue na memória dos brasileiros que assistiam à televisão na época.

"Foram anos maravilhosos, pude oferecer uma qualidade de vida melhor para a minha família", afirma Valéria, em entrevista exclusiva ao UOL.

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Ela conta que, depois de tanto sucesso, foi demitida da Globo sem muitas explicações, fato que ocasionou uma depressão e provocou até pensamentos suicidas.

"Tive os piores dias da minha vida e, graças a Deus, estou curada e feliz."

"Gostava mais da Globeleza com pinturas"

A vinheta da Globeleza, interpretada por Erika Moura —no cargo desde 2015—, é bem diferente dos tempos de Valéria. Na versão de 2020, a bailarina aparece completamente vestida, representando os vários tipos de carnavais pelo Brasil.

"Acho que a mulher merece ser respeitada, independentemente da forma como ela está vestida. Nós brigamos diariamente por esse direito. Em se tratando da Globeleza, eu via o trabalho como se o corpo fosse um quadro. Era muito delicado, e nunca foi vulgar. E, de verdade, não gostei [da nova vinheta], preferia mais com as pinturas", pontua Valéria.

Ela diz que não via maldade em aparecer na televisão com o corpo nu, coberto apenas por pinturas —a produção para virar a Globeleza demorava até 20 horas. .

"Os tempos mudaram. Está tudo muito polarizado. Acho importantes a luta de todos nós e o respeito. Mas não vejo problema algum com o nu artístico. Não vejo maldade nisso."

Apesar disso, Valéria concorda que houve uma evolução na forma como a mulher era vista antes, muitas vezes objetificada, para os dias atuais.

"Agora temos vozes para falar tudo o que queremos. É um direito que fomos lá buscar. Sem dúvida nenhuma, algumas coisas do passado não cabem agora. Houve evolução em muita coisa e regressão em outras", opina.

Sonho de ser apresentadora

Desde abril de 2019, Valéria apresenta o quadro Bom do Bairro, na versão fluminense do programa Balanço Geral, na Record, em que ela mostra lugares inusitados da capital carioca.

"Estou realizada com essa oportunidade. Tenho duas coachs que estão comigo direto. Estou me dedicando muito para dar meu melhor", declara.

Ela diz que não sofre preconceito por ser ex-Globeleza: "Tenho meus objetivos e não vou permitir que a maldade de ninguém atrapalhe. Se tem alguém que não concorda de alguma forma, eu não me importo! Só agradeço à direção da Record e a Deus pela oportunidade. E, claro, a todas as pessoas que estão me apoiando".

Feliz com o cargo, Valéria não quer parar por aí. O objetivo é se tornar apresentadora. "Esse é um dos meus maiores sonhos ultimamente. Estou estudando muito para me aprimorar e, se Deus quiser, em breve a oportunidade vai chegar. Acho que esse é, sem dúvida, o meu objetivo."

Vida de solteira

Em julho de 2019, Valéria anunciou sua separação de Hans Donner, com quem foi casada durante 27 anos e teve dois filhos, João Henrique e José Gabriel, de 16 e 15 anos, respectivamente. Mesmo assim, o ex-casal segue morando na mesma casa.

"Hans foi e sempre vai ser importante na minha vida. Temos filhos maravilhosos e vamos sempre, de alguma forma, estar juntos. Vou estar sempre torcendo pelas vitórias dele", comenta.

Com 48 anos, Valéria ainda não pensa em um novo amor.

"Eu estou amando meu momento profissional e pessoal. Estou me relacionando comigo, me cuidando e amando mais, curtindo minha família e meus amigos. Estou feliz! O futuro a Deus pertence", finaliza.