Rainha da Mangueira desfila sem sambar: 'Abdicar do que amamos faz crescer'
Rainha de bateria da Mangueira, Evelyn Bastos diz que passar pela primeira vez pela Avenida Marquês de Sapucaí sem sambar —decisão tomada pelo fato de viver um Jesus mulher no desfile da escola neste Carnaval 2020— foi uma experiência transformadora.
"Tive certeza de que abdicar do que a gente ama para propagar algo é uma mensagem de amor. Cresci como pessoa e como sambista. O samba é revolucionário e nós precisamos trazer mensagens como essa para a maior festa do mundo", afirmou a rainha.
Evelyn lembrou que "trazer Jesus em uma figura feminina foi um grande desafio" e destacou o fato de ter passado por toda a avenida sem sambar. "Não por nós, mas por respeito aos outros".
"Para mim foi uma experiência ímpar porque é a primeira vez que passo sem sambar. E faço isso desde que tinha 4 anos na Mangueira do Amanhã", lembrou.
Evelyn ainda criticou a objetificação das mulheres que desfilam na Sapucaí.
"Jesus está no meio de nós, mas às vezes a gente não é capaz de enxergar em qualquer pessoa", declarou.
"A gente sofreu vários ataques e preconceitos. Para nós, sambistas, o ato de sambar é cultural. Mas muitos não enxergam assim e só sexualizam a mulher que vem na frente da bateria", criticou.
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