Topo

Rio de Janeiro

Correria, choro e brigas na União da Ilha: os bastidores do desfile caótico

União da Ilha desfila na Sapucaí - Júlio César Guimarães/UOL
União da Ilha desfila na Sapucaí Imagem: Júlio César Guimarães/UOL

Igor Mello

Do UOL, no Rio

24/02/2020 05h42

Resumo da notícia

  • Escola enfrentou problemas técnicos no desfile
  • Componentes brigaram na Praça da Apoteose
  • Carro alegóricos chegaram a colidir na dispersão
  • Desfile estourou o tempo em 1 minuto
  • Houve choro, mas presidente amenizou problemas

Conhecida pelo clima alegre e pelos enredos irreverentes, a União da Ilha mostrou uma faceta diferente nesse Carnaval. Com problemas técnicos durante todo o desfile, a escola viu brigas e correria tomarem conta da dispersão após um carro alegórico quebrar.

Logo no começo do desfile, componentes brigaram na Praça da Apoteose. Um homem, aparentemente ligado à comissão de frente, foi agredido verbalmente por dois outros integrantes da escola

"Você é um merda, acabou com a escola", gritou um deles ao lado das crianças da comissão de frente. Ele teve de ser contido por outros membros da agremiação insulana.

À medida que o atraso ficava evidente, a escola passou a demonstrar dificuldade no escoamento das alegorias. O abre-alas teve de dar ré diversas vezes até conseguir manobrar na dispersão. Já a segunda alegoria, um ônibus real, perdeu o freio após ultrapassar a linha e só não atropelou membros do staff da União da Ilha porque diversos componentes se penduraram em sua traseira.

A partir daí, os carros foram distribuídos de maneira improvisada pela Praça da Apoteose. Dois deles chegaram a colidir de leve — uma das esculturas de uma alegoria que trazia serpentes ficou danificada. Os carros foram parados sem que os destaques fossem retirados, e as alas restantes tiveram de contorná-los para encerrar o desfile.

O presidente da União da Ilha, Djalma Falcão, confirmou que a escola estourou o tempo do desfile em um minuto. Segundo ele, ainda não é possível avaliar quão prejudicada foi a agremiação com todos os problemas.

"Eu não sei o grau da gravidade do que aconteceu aqui quando o carro quebrou. Não sei o tamanho do buraco que se formou ou do prejuízo", lamentou.

Enquanto componentes choravam por conta da apresentação problemática, o presidente minimizou as brigas ocorridas durante o desfile.

"Depois que o carro quebrou, procuram-se culpados. Tem de se apurar com calma. Infelizmente, não adianta chegar aqui e procurar culpados", concluiu.

Rio de Janeiro