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Bloco Domingo Ela Não Vai leva axé dos anos 90 para o centro de São Paulo

Patrícia Larsen

Colaboração para o UOL, em São Paulo

24/02/2020 14h10

"Está na hora de a gente se empoderar das músicas de axé, ser livre em nossos corpos e aproveitar o máximo essa segunda-feira de Carnaval", disse o presidente do bloco Domingo Ela Não Vai, Alberto Pereira Jr., na concentração, na avenida Ipiranga com a São João.

Pela 5ª vez consecutiva, o Domingo Ela Não Vai faz a festa dos foliões e saudosistas do axé dos anos 90. "Crescemos ouvindo essas músicas e nada melhor do que fazer o Carnaval paulista com elas", contou o presidente, que nasceu em São Paulo.

O trio de amigos Fernanda Monte, 33, Mayara Vale, 32, e Franco Salluzio, 33, vieram fantasiados de É o Tchan!.

"É a realização de um sonho de criança", contou Vale. "Desde criancinha, dançava sem parar em todas as festas de família e ouvia o dia inteiro na rua. Curtir num bloco é a maior das maravilhas", falou Salluzio.

Valentina Luz, 23, e Cássio Luiz Berrando, 39, não saíram no domingo de Carnaval só para estar cedo no Domingo Ela Não Vai. Luz conta que esse bloco é o verdadeiro sonho de toda criança dos anos 90. "Me realizo aqui."

Ninguém fica parado no Centro

No caminho do Bloco Domingo Ela Não Vai - da Ipiranga até o Largo Paissandu - ninguém ficou parado. Dos foliões que acompanhavam o bloco aos moradores do Edíficio Louvre, prédio icônico da Avenida São Luís, passando pelos animadíssimos garçons do Círculo Italiano.

A soteropolitana Joyce Razzo, 45, estava extasiada com o bloco. "Matei minha saudade de Salvador". Sua amiga, Verônica Pontes, 42, estava pela primeira vez no bloco. "Que energia maravilhosa!", disse.

Odette Pereira de Noronha, 63, era outra foliona animadíssima. "Gosto tanto de axé e deste bloco que este ano me colocaram para dentro da corda", contou, sem parar de dançar um minuto.

Direto do interior para o carnaval de São Paulo, Thaimara Faria, 25, estava apaixonada pelo Domingo Ela Não Vai. "Estava ansiosa demais para conhecer os blocos de São Paulo. Para mim este está sendo o melhor até agora".

Além de curtição, os foliões estavam prevenidos. Vitor Binhardi, 22, veio de Rio Preto e já preparado. "Trouxe um celular bem velho, nem ladrão quis", contou rindo.

O Domingo Ela Não Vai foi seguido do Bloco Lua Vai, de pagode dos anos 90. Os dois juntos deixaram o Centro da cidade nostálgico e muito mais brilhante.

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