Com fantasia de Jesus, rainha de bateria da Mangueira desfila sem sambar
Rainha de bateria de Mangueira, Evelyn Bastos desfila hoje como Jesus crucificado, com uma fantasia que deixa seu corpo coberto e traz marcas de chagas feitas com maquiagem. E, por isso, ela percorre a avenida sem sambar.
Muito emocionada, a rainha, que vem se preparando psicologicamente para o desfile há um mês, diz ao UOL que a decisão de não sambar foi tomada pelo fato de o ritmo ainda ser muito associado ao sexo.
"Infelizmente, nossa dança ainda é vista como sexual. Para nós, é cultural. A luta é grande. Desfilar sem sambar é a maior experiência da minha vida".
Evelyn tem esperanças de que o público entenda a mensagem que a Mangueira quer passar com o desfile. A rainha explica, ainda, que o Jesus que ela representa é contra todos os tipos de preconceito: "Sem homofobia, racismo e machismo".
Jesus 'em corpo de mulher'
Abordando a religiosidade, o samba-enredo "A Verdade vos Fará Livre", da Mangueira, faz uma crítica nada velada ao presidente Jair Bolsonaro e a ideologia política que ele representa.
O desfile conta a história de um Jesus Cristo "da gente", "rosto negro, sangue índio, corpo de mulher", que passa pelas agruras e questiona como sua mensagem é recebida pelo brasileiros. Os versos falam de "opressão" e "profetas da intolerância". "Não tem futuro sem partilha nem messias de arma na mão", cantam os integrantes.
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