Chuva no Rio danifica palco do Bangalafumenga e atrasa bloco em 2 horas
A chuva forte que atingiu o Rio de Janeiro ontem atrasou o início da apresentação do Bangalafumenga no Aterro do Flamengo. O bloco estava previsto para começar às 9h, mas em razão da queda de uma torre do palco com caixas de som, o Banga só conseguiu dar início ao seu Carnaval às 11h. Meio milhão de pessoas se reuniram para curtir a folia, segundo estimativa da Riotur.
"Tivemos um problema por conta do temporal de ontem e quando chegamos parte da estrutura tinha caído", explica o fundador do bloco e cantor, Rodrigo Maranhão. Na manhã de hoje, a chuva deu uma trégua na zona sul carioca.
O Banga vai fazer, segundo ele, um passeio pelos ritmos brasileiros, mas a ênfase será na música da Bahia e Pernambuco. "Vamos tocar axé, frevo, samba, maracatu, ciranda e por aí vai", contou Maranhão.
O público que começou a chegar por volta das 8h aguardava ansioso o início do bloco, que é parado. Os mais de cem ritmistas tocam sobre um palco.
Matheus Faria, 30, montou sua fantasia em conjunto com a namorada Gabriela Affonso, 28. Ele fez cartaz com a frase "Mamando nas tetas do governo" enquanto ela se identificava como "governo" no arco. "É sempre uma oportunidade de protestar e de brincar também", disse Faria.
Daniel Trotte, 27, também não largava da namorada, Bárbara Antunes, 25, sem perder a expectativa do início do bloco. "Esse é o único que eu faço questão de vir. O Bangalafumenga é o melhor"', ressalta Antunes.
Trotte leva o cavaquinho para os blocos. Nos trajetos para casa, outros foliões acabam se juntando e até firmam um bloco. "Vale bater uma latinha, juntar com alguém com tamborim e formamos o bloco do metrô", diz ele.
O Bangalafumenga é um dos blocos do Rio mais ativos durante o ano. Suas oficinas de percussão formam ritmistas que renovam constantemente a bateria e fornecem pessoal para outras agremiações da cidade.
"Somos uma fábrica de ritmistas", destaca Rodrigo Maranhão.
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