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Simony: teria dado uma 'porrada' em Dudu Camargo se não estivesse na TV

Do UOL, em São Paulo

22/02/2020 17h40

Simony deu mais detalhes no Twitter e Instagram sobre ter sido assediada por Dudu Camargo, ontem, durante transmissão ao vivo da RedeTV!. Ao entrevistar o apresentador, ela teve os seios apalpados. No ar, meio sem reação, ela afastou a mão de Dudu que já tinha passado por sua roupa e o chamou de abusado.

"Se fizesse comigo em qualquer outro lugar [fora da televisão] teria levado uma porrada na cara. Meu corpo, minhas regras. Não é não. Chega dessa palhaçada. Fiquei sem reação e chocada. Agradeço muito todos vocês que se solidarizaram comigo", disse ela.

No Instagram, a cantora e apresentadora ainda falou sobre como foi chegar em casa e ver o descontentamento do próprio filho sobre o caso.

"Eu estava ao vivo na RedeTV!, realizando meu trabalho ao lado de colegas da profissão e por mais 'permissiva' e brincalhona que possa sugerir ser uma transmissão de bastidores do Carnaval, me senti mal, me vi vulnerável em uma situação desagradável que eu gostaria de dividir com vocês como mulher e mãe", explicou.

"Eu poderia achar que o que Dudu Camargo fez foi apenas 'brincadeirinha', mas, sinceramente, me senti mal em não poder dizer ali o que eu achei da cena. Ele passa a mão em mim como se estivesse apalpando um pedaço de carne, me puxa o pescoço e fala que está querendo 'procriar', Oi?. Ali estava claro que a 'brincadeira' de Dudu era sexualizada, queria mostrar-se como 'macho' a fim de satisfazer sua vontade sem pedir, sem perguntar, sem pensar que além dele existia ali a minha vontade", analisou.

Simony ainda declarou que ficou chateada também com o apresentador Nelson Rubens, por ser taxada como "disponível" por estar solteira.

"Com todo o respeito ao Nelson Rubens, pessoa que admiro, também não gostei de ser 'disponibilizada' por estar solteira como se estivesse a espera de alguém a qualquer momento. A mulher é e está como e com quem ela bem entender, o fato de usar um decote e uma roupa curta e decotada não quer dizer que quer ser possuída ou agarrada por um homem".

O meu carnaval mal começou e hoje, ao chegar em casa , me deparei com o descontentamento do meu filho e de boa parcela do público que se mostrou indignado com o fato de um homem ter passado a mão no meu peito em cadeia nacional. Eu estava ao Vivo na Rede Tv, realizando meu trabalho ao lado de colegas da profissão e por mais "permissiva" e brincalhona que possa sugerir ser uma transmissão de bastidores do carnaval, me senti mal, me vi vulnerável em uma situação desagradável que eu gostaria de dividir com vocês como mulher e mãe. Aqui não falo somente por mim mas por outras mulheres que não somente nesse período mas todos os dias se deparam com episódios em que um homem se vê no direito de passar a mão, fazer "brincadeiras" de mal gosto e em ultimo grau forçá-las a algo que não querem. Eu poderia achar que o que Dudu Camargo fez foi apenas "brincadeirinha" mas sinceramente me senti mal em não poder dizer ali o que eu achei da cena. Ele passa a mão em mim como se estivesse apalpando um pedaço de carne, me puxa o pescoço e fala que está querendo "procriar", oi?. Ali estava claro que a "brincadeira"de Dudu era sexualizada, queria mostrar-se como "macho" afim de satisfazer sua vontade sem pedir, sem perguntar, sem pensar que além dele existia ali a minha vontade. Com todo o respeito ao Nelson Rubens, pessoa que admiro, também não gostei de ser "disponibilizada" por estar solteira como se estivesse a espera de alguém a qualquer momento. A mulher é e está como e com quem ela bem entender, o fato de usar um decote e uma roupa curta e decotada não quer dizer que quer ser possuída ou agarrada por um homem, chegamos a um tempo em que é necessário evoluir e entender de uma vez por todas que o direito a vontade de um acaba onde começa o do outro. Mulheres não existem para procriarem ou serem assediadas por homens e agarradas ao bel prazer. A cada carnaval o assunto do assédio deve ser levado mais a sério, o "não é não" precisa ser entendido como um código a ser respeitado, as delegacias de mulheres precisam estar por toda parte. Se continuarmos achando normal esse tipo de coisa não precisaríamos ter vagões de metrô só para mulheres. CONTINUA EM OUTRO POST

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