Apresentador da Globo diz como amor por PM 'subiu a serra' no Carnaval
O nosso amor, felizmente, não só subiu a serra, mas também a ladeira do Barra-Ondina
A declaração é do jornalista e apresentador Matheus Ribeiro, da TV Anhanguera, afiliada da Globo em Goiás, que há um ano esbarrou, na avenida mais famosa do Carnaval de Salvador, com aquele que viria a se tornar o seu namorado. O encontro com o capitão da PM Yuri Piazzarollo aconteceu de forma despretensiosa, mas não menos arrebatadora.
"Estávamos no bloco da Claudia Leitte, na sexta-feira. Eu havia me perdido do meu grupo de amigos e estava andando sozinho, procurando por eles. O Yuri percebeu, me abordou e disse pra eu ficar ali com o grupo dele. Começamos a conversar, demos o primeiro beijo e não vi mais meus amigos naquele dia", diz ele, aos risos, em entrevista ao UOL.
Matheus e Yuri se viram em todos os dias de folia, o que contribuiu para a relação evoluir rapidamente. Mas foi somente na quarta-feira de cinzas que o jornalista teve a convicção do que estava sentindo.
"Marcamos de nos encontrar na praia e foi ali que eu percebi que estava apaixonado. Continuamos nos falando por telefone, todos os dias, fomos nos conhecendo melhor, estreitando os laços e assim nasceu um sentimento muito forte. Um mês depois, 'despretensiosamente', o chamei para me visitar em Goiânia. Ele veio e desde então nos vimos todos os meses. Acho que deu certo porque tivemos tempo e paciência para ver um no outro coisas bonitas e importantes, que são mais significativas e substituíram as dificuldades da distância", afirma.
Matheus se identifica com o jeito leve de Yuri e diz que isso o conquistou. Ele conta que, diferentemente da personalidade do namorado, ele já é mais metódico.
"Mesmo militar, ele sabe me mostrar um lado mais tranquilo da vida. Já temos até uma piada interna. Quando ele ia me visitar, a casa estava sempre arrumada e eu ficava bravo com a bagunça que ele fazia, sempre corria para esticar o tapete da sala... Até que um dia filosofamos sobre a necessidade de deixar a pontinha do tapete virada. Então, hoje, isso é algo que usamos para metaforizar muita coisa da vida e do nosso namoro", compartilha.
A barreira da distância
O amor de Matheus e Yuri superou não somente o Carnaval, mas também as limitações geográficas.
"Não é algo que facilita, claro, mas não fizemos da distância uma barreira para o relacionamento. Sempre que podíamos, pelo menos uma vez por mês, viajávamos para nos ver. Fui ao Pará duas vezes, ele veio a Goiânia algumas outras e assim temos levado", explica.
Neste primeiro ano de relacionamento, o policial militar já precisou se mudar algumas vezes em razão do trabalho —um desafio que o casal aprendeu a contornar. Yuri, que atua como capitão da força nacional, já morou na Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, depois retornou para Porto Velho, em Rondônia, e ficou seis meses em Itaituba, novamente no Pará. No início do mês, mais uma mudança: para Brasília, o que facilitou de certa forma pois eles acabam se vendo com mais frequência.
"O trabalho dele tem essa característica. A distância sempre nos trouxe saudade, aperto no peito, mas construímos algo muito sólido, que faz com que passemos bem por isso", salienta.
Sobre o sonho de construir uma família, Matheus prefere dar tempo ao tempo:
"Acreditamos muito no que estamos vivendo e, por isso, temos tanta disposição em resolver os problemas que surgem nesse caminho. Está sendo incrível. Quanto a filhos e casamento, acho que são planos que podem vir com o futuro", declara ele.
O amor contra preconceito
Matheus Ribeiro não tem a menor dúvida de que assumir publicamente o namorado o fortaleceu na luta contra o preconceito.
"Apesar de nunca termos escondido nosso namoro das nossas famílias, amigos ou colegas de trabalho, toda a divulgação do relacionamento trouxe comentários maldosos e até criminosos. No entanto, a energia positiva e as diversas histórias que ouvimos de pessoas que se sentiram representadas por nós superaram qualquer chateação", garante.
O plano era voltar à Bahia neste Carnaval para celebrar o primeiro ano de relacionamento, mas a impossibilidade não vai impedir que eles comemorem a data.
"Iríamos para Salvador, mas o trabalho, tanto o meu, quanto o dele, não nos permitiu. Mesmo assim, não deixaremos a data passar em branco. É um momento muito importante para a nossa história", diz.
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