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Pesquisadora encontra 45 mil bactérias e 9 mil fungos em latinha de bebida

Menores seguram bebidas que consumiam durante bloco de Carnaval em São Paulo - Diego Padgurschi/UOL
Menores seguram bebidas que consumiam durante bloco de Carnaval em São Paulo Imagem: Diego Padgurschi/UOL

Do UOL, em São Paulo

18/02/2020 16h38Atualizada em 19/02/2020 11h20

Uma pesquisa feita pela microbiologista e professora universitária Rosana Siqueira revelou que as bebidas que os foliões consomem no Carnaval podem estar contaminadas com milhares de fungos e bactérias.

Siqueira analisou 31 latinhas de cerveja, suco e refrigerante que estavam sendo vendidas em estabelecimentos em Campinas. Ela identificou fungos e bactérias em 29 das amostras analisadas.

Em apenas uma latinha ela encontrou 45 mil bactérias e 9,7 mil fungos e, em outra, 12 mil bactérias e 2,6 mil fungos. Através de nota, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas) afirmou desconhecer registros oficiais de "incidentes ou simples contaminação de pessoas atribuídos a latas para bebidas".

Segundo a pesquisadora, as bactérias e fungos podem causar doenças como "diarreia, vômitos, febre, dores abdominais. Problemas como conjuntivite, otite ou até mesmo infecção urinária", disse em entrevista à EPTV.

A pesquisadora alerta que em época de Carnaval é necessário que os foliões tenham atenção com bebidas que consomem na rua.

Ela recomenda que as latas de bebidas sejam lavadas e, em caso de não haver possibilidade de lavar, as latas devem ser higienizadas com papel.

Procurado pelo UOL, a Abralatas informou desconhecer registros oficiais, no Brasil ou no exterior, de incidentes ou contaminação de pessoas após abrirem latas para bebidas. A entidade afirmou também ter um parecer técnico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o assunto.

"Não existem estudos científicos que comprovem a ocorrência de doenças transmitidas por meio de embalagens de refrigerantes ou cervejas", afirma a entidade, que alega ainda ter estudos do Centro de Tecnologia em Embalagem (CETEA) do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), do governo de São Paulo, demonstrando que as latas atendem "boas condições higiênico-sanitárias".

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