Fafá de Belém e Elza Soares fazem shows politizados no Baixo Augusta
"A unha tá ok? Cabelo ok? Cidadania tá ok?", perguntou Fafá de Belém ao subir no trio do Acadêmicos do Baixo Augusta.
Em seguida, abriu seu show com o hit esquerdista "Vermelho", convidando Alessandra Negrini, a rainha do bloco, para cantar junto.
Fantasiada de índia, Negrini arriscou ao microfone alguns versos da música, acompanhada com fervor pelo público.
Comprometida com as pautas progressistas, Fafá ainda puxou gritos de "Demarcação já", um clamor pela demarcação de terras indígenas. "A democracia é o estado de direito do ser humano", completou a cantora entre um hit e outro.
Gritos de "Ei, Bolsonaro, vai tomar no cu" também foram frequentes durante o desfile do bloco, inclusive puxados pelos próprios membros da agremiação.
"Viva a resistência"
Mais tarde, outra cantora subiu ao trio para fazer um show. Elza Soares entrou no trio do Baixo Augusta às 17h, abrindo seu show com o hit "A Carne", que fala sobre racismo.
Simultaneamente ao show de Elza, o tradicional grafite do Baixo Augusta num prédio da Consolação foi revelado. A pintura do ano é uma imagem de Elza Soares com os dizeres "Viva a Resistência", tema do desfile do Baixo Augusta 2020.
O grafite foi revelado com direito a fumaça vermelha subindo no céu.
"É um presente do Baixo Augusta para São Paulo", disseram os membros do bloco. Em seguida, Elza puxou a canção "Maria da Vila Matilde", que fala sobre o combate à violência de gênero. "Vamos cantar o hino da mulher brasileira?", puxou a estrela do bloco, aos 90 anos.
No final, puxou o grito de "Não é não", antes de dar as boas vindas a Tulipa Ruiz.
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