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Carnaval de SP terá drone, reconhecimento facial e 15 mil policiais por dia

Prefeitura estima que 15 milhões de foliões devem acompanhar o carnaval paulistano, número superior aos 14 milhões de 2019 - Paulo Guereta/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
Prefeitura estima que 15 milhões de foliões devem acompanhar o carnaval paulistano, número superior aos 14 milhões de 2019 Imagem: Paulo Guereta/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

Renata Okumura

São Paulo

14/02/2020 17h38

O Carnaval de São Paulo vai contar neste ano, pela primeira vez, com o uso de reconhecimento facial para identificar suspeitos de crimes, foragidos e pessoas desaparecidas. A iniciativa, lançada há três semanas, está entre as medidas de segurança que farão parte da Operação Carnaval Mais Seguro, conforme anunciou nesta sexta-feira, 14, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

"Nós teremos câmera com condições de captar imagens instantâneas. E temos uma base de dados em boas condições de analisar as imagens que chegam ao laboratório", afirmou o secretário da Segurança Pública de São Paulo, o general João Camilo Pires de Campos.

A Prefeitura de São Paulo estima que 15 milhões de foliões devem acompanhar o Carnaval de São Paulo, número superior aos 14 milhões no ano passado. Serão 678 blocos de rua na cidade de São Paulo — 38,5% a mais que em 2019, quando foram realizados 490 desfiles —, além dos desfiles no Sambódromo.

O esquema de segurança contará com 50 drones que serão usados para garantir a segurança do público presente. Os aparelhos vão sobrevoar os principais trajetos percorridos pelos blocos, transmitindo as imagens em tempo real. Elas também ficarão gravadas para uso posterior da polícia.

"Os drones serão os grandes agentes propulsores da fiscalização eletrônica. Eles têm a capacidade de fazer a identificação facial remetendo isso ao centro de identificação facial da Polícia Civil. E em menos de cinco segundos a identificação é feita. Isso serve de sobreaviso àqueles que imaginam que poderão ir ao Carnaval com o objetivo de furtar e organizar algum tipo de ilicitude. Eles terão grande chance de serem pegos e presos", disse Doria.

O furto de celulares, por exemplo, tornou-se uma preocupação em todas as avaliações de risco do governo estadual.

"No Carnaval, especificamente, essa preocupação aumenta. Nós sabemos que as pessoas estarão preocupadas em preservar os seus bens. Isso já nos ajuda. Mas estamos também colocando a polícia nas ruas para aumentar a segurança", afirmou o general Campos.

O Carnaval da capital paulista contará ainda com o efetivo de 150 mil policiais durante todo o evento, sendo 15 mil policiais por dia nas ruas da cidade (25% a mais que no ano passado), 12 helicópteros e sete Delegacias de Defesa da Mulher com funcionamento 24 horas por dia.

"O aumento de policiamento para o Carnaval da capital paulista não irá prejudicar cidades que não terão festividades", disse Doria.

Serviço

Pré-carnaval: 15 e 16 de fevereiro

Carnaval: 22 a 25 de fevereiro

Pós-carnaval: 29 de fevereiro a 1º de março

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